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Roubos têm 8ª alta seguida e sobem 32,5% no Estado

Estatísticas mostram leve aumento em casos de homicídio após 9 meses de baixa

Para gestão Alckmin, dados de assassinatos são 'ponto fora da curva' e pode ter havido maior notificação de assaltos

DE SÃO PAULO

O número de casos de homicídios no Estado de São Paulo parou de diminuir após uma série de nove meses em queda. Os roubos, porém, mantiveram a tendência de alta pelo oitavo mês seguido.

As estatísticas de violência de janeiro, divulgadas ontem pela Secretaria de Segurança Pública, mostram que os casos de homicídio doloso (intencional) subiram levemente: 1,2%. Foram 422 neste ano, contra 417 em janeiro de 2013. Na capital paulista, foram 100 casos ante 98, alta de 2%.

Os dados se referem aos casos registrados na polícia, e não ao número de vítimas.

Pela metodologia da secretaria, há registros com mais de uma morte porque a investigação do caso é única.

No total de vítimas, houve baixa de 1,8% no Estado (de 455 para 447) e de 4,6% na capital (de 109 para 104).

Para especialistas, a oscilação num único mês impede diagnósticos precisos. Mas alguns avaliam que o Estado pode ter se aproximado de um patamar em que a redução se torna mais difícil --embora ainda considerado epidêmico, por ser superior a 10 casos por 100 mil habitantes.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) minimizou a variação. "Está entre os [índices] mais baixos do Brasil. Nossa meta é reduzir latrocínio [roubo seguido de morte] e homicídio por distrito, com meta bem clara." Os latrocínios não oscilaram no Estado e caíram 6,7% na capital.

O secretário da Segurança, Fernando Grella, classificou a alta de assassinatos como um "ponto fora da curva". "Não reflete uma tendência."

Em sua oitava alta consecutiva, os casos de roubo cresceram 32,5% no Estado e 41,8% na capital em janeiro --em dezembro, o crescimento havia sido de 21% e 35,4%.

Esses crimes "são a principal preocupação", diz o secretário Grella. Mas ele alega que o aumento pode ter ocorrido devido à maior notificação dos casos, já que, desde novembro, as vítimas podem fazer o boletim de ocorrência pela internet. Para ele, antes disso havia subnotificação.

Segundo o secretário, hoje 31% dos registros de roubo já são feitos pela internet.

Também mantiveram a tendência de aumento os roubos de veículos (20,8% no Estado e 22,7% na capital) e os roubos de carga (35% e 34%). Para Grella, a regulamentação dos desmanches no Estado deve reduzir esses índices.

Para tentar conter a alta dos roubos, o Decap (diretoria responsável pelas delegacias da cidade) criou equipes especializadas para investigar roubos em cada distrito.

"O resultado disso só virá no futuro, quando quadrilhas começarem a ser presas", disse o sociólogo Guaracy Mingardi, especialista em segurança pública. (ANDRÉ MONTEIRO, CÉSAR ROSATI, EDUARDO GERAQUE E GIBA BENJAMIM JR.)


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