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Mulher perde braço ao ser empurrada no metrô
Ela estava na estação Sé, anteontem; agressor saiu correndo e sorrindo
Em outro caso, mulher foi atingida na cabeça por trem da CPTM após discutir com funcionários, na Luz
Uma mulher perdeu o braço direito após ser empurrada para os trilhos do metrô por um homem anteontem na estação Sé, a mais movimentada da capital paulista.
No mesmo dia, outra passageira foi atingida na cabeça por um trem da CPTM após discutir com funcionários da empresa na estação da Luz.
Testemunhas que estavam na Sé contaram à polícia que o homem empurrou Maria da Conceição de Oliveira, 27, e saiu correndo da plataforma.
Ela, que fez aniversário anteontem, está internada em estado grave, porém estável.
O Metrô forneceu imagens das câmeras para a polícia. Elas mostram a ação e a fuga do homem, que, segundo as testemunhas, aparentava ter "problemas mentais".
Pelos depoimentos, ele observava os passageiros e, quando o trem surgiu, empurrou Maria e saiu "correndo e sorrindo".
Já Nivanilde de Silva Souza, 38, foi internada em "estado muito grave" depois do caso na CPTM.
Segundo duas testemunhas ouvidas pela polícia, ela entrou na fila de embarque preferencial dizendo estar grávida, mas um estagiário de 17 anos tentou barrá-la.
As testemunhas disseram que a mulher empurrou o jovem, que lhe aplicou uma rasteira. Outros seguranças chegaram e disseram que ela seria presa por agressão.
As testemunhas não souberam dizer se ela foi jogada sobre o trem, mas ressaltaram que os funcionários se excederam na abordagem.
O hospital não confirmou a gravidez nem forneceu mais informações, a pedido da família da vítima.
O estagiário disse à polícia que foi orientado pela CPTM a exigir um pré-natal para comprovar gravidez. Disse ainda que Nivanilde pisou em seu pé e tropeçou quando tentou agredi-lo.
Em depoimento, dois seguranças afirmaram que tentaram prender a mulher. Na abordagem, de acordo com eles, ela se jogou no chão gritando e, ao perceber um trem se aproximando, se lançou sobre o veículo. Eles são investigados por lesão corporal e abuso de poder.
Uma delegada fez um adendo ao boletim afirmando que imagens da estação confirmam "que a vítima se projetou contra o trem, mas rapidamente o agente conseguiu puxá-la e impedir que a mesma caísse na via férrea".
Em nota, a CPTM informou que os funcionários foram afastados preventivamente durante a investigação.
Sobre a exigência do comprovante de pré-natal, a companhia informou que tem empregados para "controle de acesso" na área de embarque preferencial.
