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Governo anuncia aumento de R$ 600 para médico cubano

Profissionais ganharão o correspondente a R$ 3.000; outros participantes de programa ganham R$ 10 mil

Ministro afirmou que reajuste é 'importante' e teve como base valor para residentes; Cuba vai arcar com a despesa

JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA

O governo brasileiro negociou com Cuba um aumento de cerca de R$ 600 na remuneração paga aos 7.400 profissionais cubanos que atuam hoje no Mais Médicos.

O modelo de pagamento também será alterado: em vez de receberem US$ 400 no Brasil e outros US$ 600 em uma conta em Cuba, eles ganharão, no Brasil, todo o salário --reajustado para US$ 1.245, cerca de R$ 3.000.

Esse aumento virá de um repasse maior do governo cubano aos médicos contratados. O Brasil não pagará a mais por esses profissionais.

O ministro Arthur Chioro (Saúde) classificou como "importante" o reajuste e agradeceu a "boa vontade do governo cubano".

A medida é uma tentativa de minar uma das principais críticas hoje dirigidas ao programa federal, como antecipado pela Folha no mês passado: a baixa remuneração dos profissionais de Cuba em relação aos demais bolsistas.

Com exceção dos cubanos, médicos do programa recebem diretamente do governo brasileiro uma bolsa mensal de R$ 10.457,49.

Já o acordo do Brasil com a Opas (braço da Organização Mundial da Saúde que faz a ponte com o governo cubano) prevê transferências mensais a Cuba do mesmo valor, cabendo ao governo da ilha repassar um salário.

Até fevereiro, o valor pago aos cubanos era um mistério, o que foi esclarecido quando a médica Ramona Rodriguez deixou o programa e mostrou seu contrato de trabalho.

Em meio a críticas, o governo chegou a afirmar que não tem competência sobre o acordo firmado entre Cuba e seus profissionais.

Segundo Chioro, a alteração não tem relação com o caso de Ramona ou com pressões recebidas dos médicos.

REFERÊNCIA

O reajuste teve como base a bolsa paga a médicos que fazem residência --R$ 2.976. Chioro ressaltou, porém, que os residentes cumprem jornadas semanais de 60 horas, enquanto os médicos cubanos trabalham 40 horas.

"Continuamos achando um absurdo. O que o ministério precisa responder é por que eles não recebem a mesma bolsa dos demais", diz Florentino Cardoso, presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), entidade que questiona o programa.


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