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Análise

Doença só representa risco se paciente não faz tratamento

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

A esquizofrenia não é sinônimo de perigo. A falta de tratamento correto, sim, representa risco para o doente e para quem o cerca. O transtorno atinge ao menos 2,5 milhões de brasileiros.

A doença se inicia no útero, mas os sintomas só aparecem na adolescência ou na fase adulta. É preciso que o cérebro amadureça para que surjam sinais de delírios, visões e ideias de perseguição.

A pessoa com esquizofrenia precisa de ajuda médica, psicológica e medicamentosa a longo prazo, mesmo fora dos momentos de crise.

Na maioria dos casos, os surtos são recorrentes. Acontecem, normalmente, pelo abandono do tratamento. Pioram muito com o uso de drogas, principalmente maconha, cocaína e anfetaminas.

Um surto não tratado pode durar mais de um ano, enquanto aqueles com acompanhamento adequado --que pode incluir internação temporária-- duram apenas dias.

No Brasil, não há uma rede eficiente de atenção à saúde mental que garanta ao esquizofrênico consultas com psiquiatras e psicólogos no SUS, medicação adequada e leitos para as emergências.

A família de Alessandro Xavier diz que ele tinha surtos frequentes e que não podia mais lidar com ele. Na desatenção do país com a saúde mental, quem o conseguirá?


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