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Carnaval 2014

Um desfile de homenagens

De Boni a Ayrton Senna, escolas do Rio prestam tributos a celebridades --vivas ou mortas

PEDRO SOARES BRUNO CALIXTO DO RIO

Quando passarem hoje e amanhã pela Sapucaí, as escolas de samba do Rio farão um desfile de homenagens, com personalidades que vão de Boni, ex-todo-poderoso da Rede Globo e tema da Beija-Flor, ao piloto Ayrton Senna, enredo da Unidos da Tijuca.

No total, cinco das 12 agremiações do Grupo Especial terão uma figura ilustre como enredo. Até o que não era para ser virou homenagem. Com um árido enredo sobre Maricá, a Grande Rio deu um jeito de incluir a cantora de samba-canção Maysa na história.

"Quem espera um enredo monótono sobre a cidade de Maricá vai se surpreender. Fizemos muita pesquisa e encontramos fatos e personagens muito interessantes. A cantora Maysa é o principal deles, pela forte ligação que tinha com Maricá [onde tinha uma casa]", diz Fábio Ricardo, carnavalesco da escola de Duque de Caxias.

Também apostam em homenageados a Imperatriz Leopoldinense, que presta tributo ao jogador Zico, e a Mocidade Independente Padre Miguel, cujo tema é Pernambuco sob o olhar de Fernando Pinto, carnavalesco que foi campeão pela agremiação.

Lançar mão de alguém famoso dá certo às vezes. Foi o caso da Beija-Flor, campeã em 2011 com um enredo sobre Roberto Carlos.

Mas nem sempre a estratégia funciona. Neste ano, o samba da Beija-Flor contando vida e obra de Boni é tido com um dos piores.

Na Unidos da Tijuca, o carnavalesco Paulo Barros vai mais uma fez abordar uma figura conhecida. A escola, que em 2012 foi campeã com um tributo ao sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, aposta agora no campeão de Fórmula 1 Ayrton Senna.

Entre as escolas que não recorreram ao esquema de homenagens, pelo menos duas apostam em temáticas de inspiração africana.

É o caso da Acadêmicos do Salgueiro, com seu enredo sobre a criação do mundo e da natureza sob o prisma das religiões afro-brasileiras.

Dudu Azevedo, diretor de Carnaval da escola, defende que o cerne do tema é a sustentabilidade. Não nega, contudo, que haverá uma pegada africana nas alegorias e nas fantasias que a escola leva para o sambódromo. O refrão do samba, por exemplo, é cantado em iorubá.

Campeã do Grupo de Acesso em 2012 com um enredo afro, a Império da Tijuca repete a fórmula para tentar se manter na elite.

"Fizemos uma integração muito boa entre fantasias, estruturas e expressão corporal", diz Antônio Marcos Teles, presidente da escola.


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