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Armínio Archimedes Pedro Gonçalves Kaiser (1925-2014)

Fotografou a história do café no PR

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Armínio Kaiser descobriu o dom para a fotografia ainda criança, lá pelos nove anos, influenciado pelo avô materno. Tinha sempre uma câmera a tiracolo, andasse por aí a passeio ou a trabalho.

Foi assim que registrou o auge da cultura cafeeira na região de Londrina, no Paraná, desde o final da década de 1950, quando lá se estabeleceu, até os anos 1980.

Engenheiro agrônomo do IBC (Instituto Brasileiro do Café), enquanto pesquisava sementes mais resistentes à ferrugem, fotografava o cotidiano dos trabalhadores e os pés carregados do fruto ou dizimados pelas geadas.

Por causa de seu trabalho, ganhou o apelido de "fotógrafo do café", mas só há pouco menos de dez anos, após ser entrevistado sobre o tema e revelar suas 1.500 imagens sobre o "ouro verde" --parte delas já virou livro.

Mas Armínio também encontrava na família inspiração para seu trabalho. Registrou, diariamente, a mulher, Maria Jovita, as filhas, Olga e Ilza, e os três netos.

Muito culto, passava as horas de folga lendo --e podia ser sobre qualquer assunto. A primeira TV só entrou na casa dos Kaiser em 1986, comprada por Olga, que queria assistir à Copa.

Quase no final da vida, em janeiro, realizou o sonho de comprar um carro vermelho.

Morreu no dia (20), aos 88 anos, de problemas respiratórios. Era viúvo havia dez anos.

Seu arquivo, todo em preto e branco, deve ser doado ao fotoclube de Londrina, do qual era fundador. Armínio nunca gostou de fotos coloridas nem de "modernidades". Não quis aprender a lidar com câmeras digitais.


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