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Após 49 anos, prédio mais alto do Brasil deve perder 'reinado'

Edifícios residenciais em João Pessoa (PB) e Balneário Camboriú (SC) vão superar o Mirante do Vale, de 1967

Arranha-céus alteram a paisagem das cidades; construtores dizem não estar em disputa por título de maior do país

ITALO NOGUEIRA DO RIO

Do alto do edifício Mirante do Vale, em São Paulo, o engenheiro Waldomiro Zarzur mal escondia o orgulho de sua obra, concluída em 1967. Instalou seu próprio escritório no 51º e último andar do edifício mais alto do país.

Quase 50 anos após obter o título, o edifício de Zarzur de 170 metros de altura, deixará de ser o mais alto do Brasil.

O marco será ultrapassado nos próximos anos por prédios em construção em João Pessoa (PB) e Balneário Camboriú (SC), de acordo com ranking do "Council on Tall Buildings" --conselho que monitora a construção de arranha-céus pelo mundo.

Além de sair do Sudeste, o título passará pela primeira vez para edifícios residenciais, ambos de luxo.

O paraibano Tour Geneve, com 182 metros de altura, deve ser concluído em 2016.

Os arranha-céus já deixam sua marca na paisagem de João Pessoa. A falésia da praia de Cabo Branco que, quando vista da praia, "encontrava o céu" e dominava a paisagem, é agora superada pelas pontas das torres sobre ela.

"É como se os prédios formassem uma nova montanha sobre a falésia", diz a arquiteta Andreína Fernandes, mestre no assunto pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba).

"Talvez mude um pouco a vista. Mas um prédio bonito, bem feito, consegue conciliar a natureza com moradia", afirma o suíço Eric Gassmann, diretor-presidente da TWS Empreendimentos, responsável pelo prédio paraibano.

Em Balneário Camboriú, os arranha-céus da orla antecipam o pôr do sol para cerca das 15h há mais de uma década. Ali, a sombra dos 240 metros de altura do Infinity Coast não será novidade em 2018, quando estiver pronto.

A cidade planeja agora aterrar uma faixa da areia para ampliar o tempo de sol.

DISPUTA

Gassmann disse que obter o título foi "circunstancial". Toninho Roncaglio, diretor comercial da FG Empreendimentos, empresa do prédio em Camboriú, diz o mesmo.

"Procuramos aproveitar o máximo que o terreno pode produzir sem o intuito de disputar títulos", diz.

Já Zarzur afirmou em novembro de 2011, um ano antes de sua morte: "Todo construtor gosta de altura. No fundo o povo gosta".


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