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Morte de PM leva Bope de volta ao Alemão e à Penha

Subcomandante da UPP Vila Cruzeiro foi baleado quando patrulhava favela; é o quarto policial morto na região

Assassinato ocorreu um dia após o governo entrar em alerta por suspeita de ataques ordenados por facção

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

A morte de mais um policial militar nos complexos do Alemão e da Penha na noite de anteontem levou a Secretaria de Segurança do Rio a mandar que o Bope (Batalhão de Operações Especiais) voltasse a ocupar a região.

O crime aconteceu um dia depois de o governo entrar em alerta e determinado reforço no policiamento em áreas de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Isso ocorreu após a secretaria ter sido avisada pelos serviços de inteligência da Polícia Federal, da Marinha e do Exército de que chefes do tráfico presos tinham ordenado ataques.

Subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, no complexo da Penha, o aspirante a tenente Leidson Acácio Alves Silva, 27, foi baleado no rosto quando patrulhava a favela com outros nove policiais. Os PMs foram cercados por 20 homens. A polícia investiga se eles foram emboscados.

Pela manhã, situação semelhante aconteceu na Rocinha, zona sul. Policiais em ronda encontraram com homens armados. Houve troca de tiros, mas ninguém se feriu. Os criminosos fugiram.

Silva estava na PM havia três anos e trabalhava na UPP da Vila Cruzeiro nos últimos três meses. Ele foi o quarto policial morto na região em pouco mais de um mês.

Desde o início do projeto das UPPs, em 2008, 11 policiais foram assassinados.

A morte do aspirante foi um golpe contra a tropa. Alguns policiais já se recusam a patrulhar os becos da favela. Desde a ocupação para a instalação das UPPs o Bope não atuava nas favelas dos dois complexos.

A missão da tropa será garantir a segurança dos policiais das UPPs e "igualar" o confronto --treinado para esse tipo de ação, o Bope teria mais condições de combater traficantes armados.

As folgas dos policiais foram suspensas. Snipers (atiradores de elite) da tropa também foram convocados.

Outros 15 integrantes do Bope vão participar de cursos de instrução para os policiais das UPPs. Eles aprenderão técnicas de abordagem e de como percorrer as vielas.

ATAQUES PLANEJADOS

O secretário José Mariano Beltrame recebeu na quarta-feira cinco documentos informando sobre planos de ataque do Comando Vermelho contra policiais, UPPs, delegacias e batalhões.

Dois deles eram denúncias de atentados contra um delegado e contra um policial da UPP do morro do Alemão.

Ontem à noite, houve novo tiroteio no complexo. Até a conclusão da edição, não havia informações sobre vítimas.


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