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Maria Layze Graziano (1937-2014)

Meio século ensinando surdos

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Durante meio século, mais de 400 alunos surdos conviveram com o marcante sorriso da professora Maria Layse.

Tratava a todos com gentileza --e com um tanto de amor de mãe-- sem deixar de cobrar o aprendizado.

Dedicada, acompanhou as mudanças pelas quais passou a educação especial nestes últimos 50 anos.

Tornou-se mais moderna à medida que envelhecia, dizem colegas da Derdic, unidade mantida pela Fundação São Paulo e vinculada à PUC-SP, onde ela dava aulas. Era a mais antiga docente de lá.

Tinha gosto em organizar as apresentações de Natal e montar o presépio na instituição. Quando podia, levava algum sobrinho recém-nascido para ser o Menino Jesus.

Cinco décadas também foi o tempo dedicado à Opus Dei. Rezar o terço e ir à missa todos os dias eram outras formas que encontrava para praticar seu catolicismo.

Para a família, foi a agregadora dos Graziano. Solteira por opção, estava sempre preocupada com todos e, ao menor sinal de briga, lá estava ela colocando "panos quentes" na situação.

É lembrada por amigos e familiares pelo seu sorriso cativante. Nos anos 1970, o fundador da Opus Dei, são Josemaria Escrivá, disse-lhe logo que a conheceu: "Com esse sorriso, você não tem o direito de não sorrir".

Como não havia problema capaz de tirar sua alegria, não entristeceu nem mesmo durante o tratamento contra o câncer de pâncreas que enfrentou nos últimos anos.

Morreu na quarta-feira (12), aos 76 anos. Deixa irmãos e sobrinhos.


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