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USP Leste diz que retoma aulas na 2ª, mas não define local

Campus está interditado por contaminação do solo e não pode reabrir sem prova de que o problema foi resolvido

Universidade confirma início do ano letivo e informa que tomou medidas para que área seja descontaminada

EMILIO SANT'ANNA DE SÃO PAULO

Após dois adiamentos, o ano letivo na USP Leste deve começar na segunda-feira. Só há um problema: ainda não se sabe onde os cerca de 4.500 alunos irão estudar.

Interditado desde janeiro e com um histórico de problemas de contaminação do solo, o local segue fechado por decisão judicial.

Segundo os laudos que embasaram a ação do Ministério Público do Estado, há risco de explosão por acúmulo de gás metano no subsolo.

O promotor José Ismael Lutti diz que o órgão espera novo laudo sobre a descontaminação. Sem isso, o campus não pode ser reaberto.

"A situação é preocupante. Certamente as férias do meio do ano serão sacrificadas, mas os alunos não devem perder o ano", afirma o promotor.

Para o presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), Ciro Correa, mesmo que as aulas recomecem na segunda, os alunos já foram prejudicados. "Se começar, será apenas do ponto de vista formal, sem condições mínimas para o semestre ter início."

"Já estamos com uma perda significativa. Até para estagiar foi complicado, pois não fomos informados de nada", diz uma aluna do curso de educação física e saúde, que teme retaliações e pede para não ser identificada.

A origem da contaminação, segundo o Ministério Público, foi o material tirado da calha do rio Tietê e depositado durante anos no terreno em que a EACH (nome oficial da unidade) foi construída.

A liminar que suspendeu as aulas da USP Leste prevê multa diária de R$ 100 mil caso a universidade descumpra a obrigação de "providenciar local apropriado" para os cursos. O mesmo valor é previsto caso as obras de ampliação não sejam paralisadas.

No último mês, a Justiça negou a reabertura do campus e estendeu por mais 40 dias o prazo para a universidade apresentar solução para os problemas apontados.

Dessa forma, diz Lutti, mesmo que as aulas não sejam retomadas na segunda, a multa ainda não deve ser aplicada.

OUTRO LADO

A USP afirma que o início do ano letivo está mantido para a próxima segunda, "mas ainda não há definição quanto ao local" das aulas dos estudantes da graduação.

Em nota, a USP afirma que "tem conhecimento da questão ambiental da EACH desde o início de sua implantação. Por esse motivo, os prédios foram construídos com um sistema diferenciado para evitar o acúmulo de gás metano que, entretanto, não se mostrou eficaz".

Segundo a universidade, foram tomadas várias medidas para a adequação ambiental da área.

Quanto à multa, a USP afirma que pediu reconsideração e a Justiça suspendeu essa decisão, com a concordância da Promotoria, por 40 dias.


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