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3 UPPs sofrem ataques e favela fica sem luz

Em Manguinhos, comandante foi baleado e contêiner incendiado; no Méier, disparos atingiram sede da unidade

Governador Sérgio Cabral convocou um gabinete de crise no final da noite para discutir a situação

DO RIO

Traficantes atacaram ontem três UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) na zona norte do Rio, trocaram tiros com policiais, incendiaram carros policiais e a sede de uma das unidades e deixaram uma favela sem luz.

O tráfego de trens para a Baixada Fluminense foi interrompido devido ao tiroteio.

A série de ataques acendeu o sinal vermelho na cúpula do governo estadual.

No fim da noite, o governador Sérgio Cabral e o secretário da Segurança, José Mariano Beltrame, reuniram-se com o gabinete de crise, com a presença do comando da Segurança Pública, para avaliação e providências.

Em nota, Cabral afirmou que houve "mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação". Disse que o governo mantém o compromisso "de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação".

ÀS ESCURAS

No maior do ataques, na favela de Manguinhos, dois carros da polícia e cinco bases de apoio foram incendiados. O fogo atingiu a rede elétrica e a favela ficou às escuras.

O comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo, foi baleado na perna direita.

Ele teve uma artéria atingida e à noite foi submetido a uma cirurgia para conter a hemorragia. Até a conclusão desta edição ele ainda estava sendo operado.

No Complexo do Lins, a sede da UPP Camarista Méier foi atingida por tiros.

No Morro dos Macacos, em Vila Isabel, homens de moto circulavam recomendando aos moradores que ficassem em casa porque poderia haver ataques de madrugada.

PRIMEIRO ATAQUE

Em Manguinhos, favela que recebeu a visita do papa Francisco em junho, o confronto começou por volta das 19h, quando policiais que acompanhavam a desocupação de um prédio abandonado foram atingidos com pedras por moradores.

Traficantes aproveitaram a confusão e começaram a atirar contra os policiais, que reagiram. O Batalhão de Choque foi chamado.

Reportagem da Folha revelou na semana passada que os serviços de inteligência da Polícia Federal, da Marinha e do Exército alertaram a Secretaria da Segurança sobre ataques em todo o Rio, principalmente a delegacias, batalhões e UPPs.

As ordens, segundo esse alerta, teriam partido de chefes da facção criminosa Comando Vermelho detidos em presídios federais e em unidades no Estado.


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