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Policiais são recebidos com ameaças e provocações

DIANA BRITO DO RIO

"Mais um para tacar fogo. Não vai sobrar nada", gritou um adolescente para os PMs que, ontem de manhã, escoltavam caminhões com contêineres para substituir os que foram queimados na véspera, em ataque de traficantes à UPP da favela de Manguinhos, na zona norte.

Durante todo o trajeto, os PMs ouviam provocações e ameaças, vindas quase sempre de adolescentes.

A Folha acompanhou parte do trajeto feito pelos caminhões. O clima era tenso. No caminho havia vários postes e emaranhados de fios elétricos caídos no chão e pilhas de lixo queimado.

As ruas e algumas casas tinham marcas do fogo que, na véspera, atingiu cinco contêineres e dois carros da polícia.

O Bope passou a madrugada na favela. Pela manhã, 40 PMs deslocados de outras UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) reforçavam a segurança da região.

Um PM disse que o clima era de hostilidade e que não paravam de chegar ameaças de ataques. "Eles dizem que vão atacar uma favela com UPP, mas atacam outra para confundir. A verdade é que a gente fica vulnerável", disse o policial, que pediu para não ser identificado.

Seis escolas, duas creches e um espaço de desenvolvimento infantil da rede pública de ensino, que somados têm 4.853 alunos, suspenderam ontem as aulas.

No início da noite, a Light, concessionária de energia, ainda tentava restabelecer a luz na comunidade.

Cerca de 30 técnicos trabalhavam na troca de transformadores atingidos por tiros e na reconstrução e substituição de cabos de energia, isoladores e estruturas atingidas pelo incêndio dos contêineres da UPP.

O trabalho incluía a remoção de postes derrubados depois do confronto que começou no início da noite de anteontem, por volta das 18h30.

"Alguns trechos estão sendo normalizados gradativamente", afirmou, em nota, a Light, que previa o retorno total para o final da noite.


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