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Fernando José Spencer Hartmann (1927-2014)

Ícone do cinema pernambucano

GIOVANNI BELLO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fernando Spencer foi fisgado pelo cinema muito novo, quando ganhou do pai um projetor de brinquedo. Ainda criança, frequentava o Ellite, no Recife, e fez amizade com o zelador. Em troca da ajuda na limpeza da sala, assistia aos filmes de graça.

Foi jornalista e cineasta. Além de crítico de cinema do "Diário de Pernambuco" por 40 anos, assinou por duas décadas a crítica musical, sob o pseudônimo de Sérgio Nona. Tinha orgulho de sua coleção de LPs, que, zeloso, sempre lavava com sabão de coco.

Por sua versatilidade, ficou conhecido como o "cineasta das três bitolas" --trabalhava com filmes de 8 mm, 16 mm e 35 mm. Poderiam ser seis: também filmou nos formatos U-matic, Betacam e digital.

Mais de uma vez, trocou conforto pelo cinema.

Quando a família ficou sem carro, preferiu gastar o dinheiro de um prêmio que acabara de ganhar com uma TV.

Em 1973, irritou-se com o Fusca recém-comprado, que não sabia dirigir, e o trocou por uma novíssima câmera super-8. Nunca chegou a tirar a carteira de motorista.

Devido à extensão de sua obra, ninguém conseguiu precisar o número exato de seus filmes. A estimativa da Fundação Joaquim Nabuco, que ele presidiu por 20 anos, é de 36 curtas e oito longas.

Em 2007, recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Pela influência que exerceu sobre tantas gerações de cineastas, era reconhecido como "guardião do cinema pernambucano".

Fernando, 87, morreu na segunda, em consequência de um câncer de pulmão. Viúvo da segunda mulher, deixa seis filhos e oito netos.


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