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Acusado de planejar morte de juíza no Rio é condenado

Ex-chefe de batalhão investigado por Patricia Acioli, assassinada em 2011, terá de cumprir 36 anos de prisão

BRUNA FANTTI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O tenente-coronel Cláudio Luiz Silva Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo da Polícia Militar, foi condenado a 36 anos de prisão em regime fechado pela morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada em 2011.

Ele é o sétimo policial condenado pelo crime. O julgamento dos outros quatro acusados ocorrerá em abril.

A sentença foi expedida na madrugada de ontem, após quase 18 horas de julgamento em Niterói, na região metropolitana do Rio.

Patrícia foi assassinada com 21 tiros quando chegava em casa, após sair do fórum de São Gonçalo. Ela atuava contra grupos de extermínio formados por PMs do batalhão comandado pelo oficial, que era acusado de ser o mentor do crime.

Oliveira foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade) e por formação de quadrilha armada.

"Estamos felizes e com sentimento de justiça. Seria horrível se ele fosse absolvido, pois ele foi o mentor disso tudo. A família está satisfeita e espera a condenação dos outros acusados", afirmou Simone Acioli, irmã de Patrícia.

A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce também determinou a perda da função pública do oficial, além do pagamento de multa de 900 salários mínimos.

O advogado Manuel Soares recorreu da sentença.

ISOLADO

Em seu depoimento, o ex-comandante negou ser mandante do crime e afirmou que combateu a criminalidade em São Gonçalo, inclusive sendo premiado pela Secretaria de Segurança Pública.

A mulher do oficial, Valéria Oliveira, disse que seu marido está isolado na prisão de segurança máxima em Rondônia. Segundo ela, o oficial perdeu 20 quilos e chegou a contrair tuberculose.

Valéria afirmou ainda que a Polícia Militar não ofereceu apoio psicológico à família e que um de seus filhos tem necessidades especiais e está sem tratamento.


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