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Exército vai ocupar favelas da Maré a partir do dia 5

Polícia achou refinaria de drogas no Alemão

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Tropas do Exército vão ocupar as 15 favelas do Complexo da Maré a partir do dia 5 de abril. Para preparar a chegada da força, a Polícia Militar vai entrar no complexo a partir de domingo, com o apoio de veículos e embarcações da Marinha.

Em reuniões no CML (Comando Militar do Leste) decidiu-se que a Brigada Paraquedista do Exército deverá iniciar a ocupação permanente, assim como aconteceu há quatro anos no Alemão.

Os paraquedistas ficariam até 31 de julho, após a Copa do Mundo, quando seria feita nova avaliação. O efetivo ainda está sendo discutido pelos militares.

Em Brasília, o ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou diretriz autorizando a utilização, no domingo, de veículos blindados da Marinha e de lanchas.

Amorim também pediu que os comandantes do Exército, general Enzo Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, fiquem preparados caso seja necessário apoio.

Ontem, a polícia fez várias operações em favelas. Batalhões receberam informações de que traficantes em fuga da Maré buscavam abrigo em outras comunidades.

Um deles, o traficante Marcelo das Dores, 32, o "Menor P.", foi preso à noite em Jacarepaguá, na zona oeste, por policiais federais.

Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas de 11 das 15 favelas da Maré.

Na mesma região, três ônibus e um carro foram incendiados em protesto contra a morte de um homem após ação policial em um morro.

Pela manhã, no Alemão, policiais descobriram um laboratório de refino de drogas. Foram apreendidos 15 quilos de pasta base de cocaína, 15 litros de lança-perfume e 730 pedras de crack.

ARMAS ENTERRADAS

De acordo com as informações da PM, os traficantes das favelas da Maré teriam deixado armas enterradas nas comunidades. Por isso, ontem pela manhã, militares do Batalhão de Engenharia do Exército percorreram a região com detetores de metal.

Não encontraram o armamento, mas aproveitaram para fazer levantamentos na região. Uma das questões que preocupa o CML é que, diferente do Complexo do Alemão, a Maré é uma favela plana e não há pontos elevados para serem ocupados.

No Alemão e na Penha, os militares ficavam nos pontos mais altos, de onde podiam monitorar toda a região.


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