Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Prisões em flagrante em SP caem 11,2%

Queda ocorre no mesmo período em que Estado registra recordes de roubos, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública

Secretaria da Segurança atribui queda do número de prisões ao desempenho recorde em 2013

ROGÉRIO PAGNAN REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

O número de prisões em flagrante no Estado de São Paulo diminuiu 11,2% no mês passado na comparação com fevereiro de 2013. A queda foi no mesmo período em que houve recorde de roubos.

O dado sobre a quantidade de prisões frequentemente é citado pelo governo de São Paulo como um indicador do esforço da polícia paulista no combate à criminalidade.

Ontem, a Secretaria da Segurança Pública atribuiu a redução neste ano ao desempenho recorde no ano passado.

Os roubos na capital subiram 47,5% no último mês, em relação a fevereiro de 2013. No Estado, a alta foi de 37,2%.

No mesmo período, houve uma redução em 8 dos 13 indicadores da produtividade policial --como número de ocorrências de tráfico de drogas (queda de 20,1%) e de porte ilegal de armas (menos 6%).

Foram justamente esses pontos --prisões, drogas e armas-- os citados anteontem pelo secretário Fernando Grella Vieira (Segurança) como termômetro dos esforços.

"A polícia tem trabalhado, e bastante. Se não tivesse trabalhando, não teríamos recorde de prisão como tivemos no ano passado, com quase 169 mil pessoas presas, e a quantidade de drogas e de armas apreendidas", afirmou. "Este é um dado que mostra que os policiais estão trabalhando."

Ontem, a secretaria afirmou que, apesar da queda das prisões, a quantidade "é a segunda melhor marca da série histórica no Estado" e, na capital, "ainda é recorde, se levados em conta os dois primeiros meses do ano".

O governo considera prematuro afirmar que há tendência de queda.

O comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, afirma que os índices melhoraram de 2012 para 2013 --quando os presos em flagrante subiram 14,4%. "Acho prematuro fazer qualquer análise [de 2014]", diz.

Para o ex-comandante da PM Alvaro Camilo, hoje vereador na capital pelo PSD, uma insatisfação em parte da tropa poderia explicar o aumento dos roubos e a queda na produção policial.

Entre os motivos desse descontentamento estariam a mudança da política salarial pelo governo, que desvinculou salários de delegados e de oficiais, e a falta de apoio à PM após as críticas recebidas durante os protestos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página