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Identificação dependerá de queixa sobre desaparecido
Métodos disponíveis requerem que haja a suspeita de quem é a vítima
Impressões digitais, arcada dentária e teste de DNA se baseiam em comparação, explicam peritos
Impressões digitais, exame de DNA e arcada dentária são os métodos disponíveis para a polícia fazer o reconhecimento de uma vítima de homicídio, como a que teve partes do corpo espalhadas em Higienópolis e a que teve a cabeça achada na Sé --a polícia apura se são da mesma pessoa.
Segundo peritos ouvidos pela Folha, que não quiseram se identificar, as três formas dependem, porém, de que exista alguma suspeita de quem seja a vítima, pois se baseiam em comparação.
É possível que o mistério do corpo e da cabeça encontrados em São Paulo só seja solucionado se algum familiar ou conhecido reclamar o desaparecimento da vítima.
No caso da identificação pelas digitais, as marcas dos dedos são comparadas com o banco de dados do instituto de identificação do Estado.
Como não há um sistema informatizado que identifique automaticamente as digitais de um cidadão, a comparação é feita quase manualmente.
Assim, se houver uma suspeita de quem seja o morto, restringe-se o universo de pesquisa no banco de dados, tornando a comparação possível.
Para um exame de DNA, é preciso que algum familiar forneça material genético para os testes laboratoriais, que podem confirmar ou não o parentesco com um grau considerável de acerto.
No caso da identificação pela arcada dentária, também é preciso que haja uma suspeita de quem seja a vítima para a polícia procurar seu dentista --o arquivo dele é que fornecerá o molde para comparação.
No caso da cabeça encontrada na Sé, a arcada dentária está aparentemente intacta, segundo a polícia.
Mas seria preciso haver uma suspeita de sua identidade. E não há.