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Mais alunos do ensino médio de SP têm nota ruim

Dado se refere a nota de português no Saresp

DE SÃO PAULO

Mais alunos do ensino médio e do fim do ensino fundamental têm conhecimento insuficiente em português na rede estadual de São Paulo.

Por outro lado, há menos estudantes do início do fundamental nesse nível crítico.

Divulgadas ontem pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), as constatações provêm do Saresp, exame anual aplicado nas escolas mantidas pelo governo paulista.

A rede concentra quase metade de todos os estudantes do Estado.

No 3º ano do ensino médio, a proporção desses alunos com conhecimentos considerados abaixo do suficiente pelo governo aumentou 15% entre 2012 e o ano passado (de 34,4% para 39,6%).

As notas desses alunos indicam que eles não sabem, por exemplo, interpretar textos jornalísticos ou publicitários que tenham gráficos.

Os resultados serão os mais recentes divulgados até a campanha eleitoral deste ano, em que Alckmin deve tentar a reeleição.

O dado positivo para o governo é que a proporção de alunos no patamar insuficiente diminuiu 11% no 5º ano do fundamental. Ficou agora em 16,1%.

Em matemática, houve leve recuo na proporção de alunos com conhecimento insuficiente, tanto no fundamental quanto no médio.

A prova compõe o Idesp, indicador que considera também a taxa de aprovação dos estudantes e é usado como baliza para pagamento de bônus aos professores.

Conforme o jornal "O Estado de S. Paulo" informou ontem, o Idesp melhorou na primeira etapa do fundamental, mas piorou no médio.

REPERCUSSÃO

"Tivemos do 1º ao 5º ano uma melhora importante. É o melhor índice de toda a série histórica", disse Alckmin. "Significa que no ciclo 2 [do fundamental] eles vão melhorar e no médio também."

A diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, afirma não ser possível garantir que a melhora obtida pelos alunos mais novos será mantida pelo restante da vida escolar.

"Há anos o primeiro ciclo do fundamental melhora no país, o que não é refletido nas outras séries", disse.

"A partir do 6º, quando o aluno começa a ter diversos professores, fica mais evidente a má formação dos educadores, o currículo inchado com muitas matérias", disse.

Ela ressalta que a Secretaria da Educação implementou ações que podem melhorar a situação a médio prazo, como o programa de escolas de tempo integral --hoje em 182 das 5.300 escolas da rede, mas que deve crescer.

Pesquisador da USP, Ocimar Alavarse destaca que a pontuação exigida pelo governo para considerar um aluno como satisfatório é menor do que o recomendado por diversos especialistas.

Na escala sugerida pelo Todos pela Educação, para ser considerado satisfatório o aluno do ensino médio precisa tirar nota 20% maior que a exigida em SP (métrica que teve a participação de membros da secretaria estadual).

"O ensino médio sofre com falta de identidade. Ele quer formar para a universidade, para o trabalho, para tudo. Não dá", disse a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Maria Izabel Noronha.


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