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#eunãomereçoserestuprada

Foto de estudante em apoio a protesto virtual alcança 11 milhões de usuários de rede social e incentiva leitoras a revirar passado e enviar relatos de abuso sexual

ALEXANDRE ORRICO DE SÃO PAULO

Bastou pouco mais de um dia para que uma foto enviada pela leitora e estudante Bianca Medeiros, 19, se tornasse a imagem mais visualizada e compartilhada nos quatro anos da página da Folha no Facebook.

Ela foi feita na semana passada, em apoio ao protesto virtual "Eu não mereço ser estuprada" --e incentivou que dezenas de fotos com teor semelhante fossem mandadas. Bianca diz que a iniciativa foi para que a manifestação "não perdesse força".

"O dedo é um gesto de protesto contra os 65%", afirma a estudante, em referência à pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que deu origem ao ato virtual ao apontar que dois terços dos brasileiros acham que a mulher que mostra seu corpo merece ser atacada.

Depois de postada no Facebook, a imagem de Bianca alcançou quase 11 milhões de usuários. Três leitoras, motivadas pela publicação, decidiram revirar um passado já sepultado e enviar os relatos reproduzidos nesta página.

Mexer em uma ferida profunda, ainda que em anonimato para proteger parentes da exposição, tem um motivo claro para todas: compartilhar experiências para que abusos sejam denunciados e traumas sejam superados.


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