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Foco

Menino de 8 anos corta os cabelos pela 1ª vez para doar a pacientes de câncer

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

Reyarthur de Souza Ferreira, 8, nunca deixou que lhe cortassem os cabelos. Porém, tudo mudou quando ele ficou sabendo sobre uma campanha de doação de cabelo para produzir perucas a pacientes em tratamento de câncer.

Decidido a colaborar, Reyarthur cortou os cabelos, sem dó, ontem de manhã.

"Ele nunca aceitou cortar antes, apesar de sempre pedirmos", afirmou a mãe do menino, a empresária Luzia de Souza Ferreira, 43. "Já ofereceram dinheiro e até uma minimoto."

"Quis ajudar quem fica carequinha' porque está doente", disse Reyarthur.

Duas longas madeixas foram entregues à empresária Vanessa Rossi, 36, que iniciou a campanha de doação em Barrinha no dia 8 de março.

Os cabelos coletados por ela serão entregues à AVCC (Associação Voluntária de Combate ao Câncer), parceira do Hospital de Câncer de Barretos.

Vanessa afirma que já coletou cerca de 700 mechas. Na cidade de 28.496 habitantes, segundo o IBGE, a empresária conseguiu a adesão de cerca de 20 cabeleireiros.

Os profissionais realizam o corte gratuitamente para quem se dispõe a doar.

O vendedor Valdir José de Moraes, 60, de Ribeirão Preto, foi pessoalmente até Barrinha entregar um longo rabo de cavalo à campanha.

"É da minha mulher. Ela ficou sabendo da campanha e quis participar", disse.

A meta de Vanessa é reunir 1.000 mechas. "Sonhei com esta campanha. Não sabia nada sobre o assunto, mas fui pesquisar assim que acordei" Na primeira semana de obteve 100 mechas.

"Conseguimos recentemente a colaboração de cabeleireiros de outras cidades, Sertãozinho, Jaboticabal e Pontal", disse Vanessa.

O AVCC empresta em média duas perucas por dia aos pacientes em tratamento no Hospital de Câncer de Barretos, todas de cabelo natural.

A pessoa fica em média 90 dias com o acessório, mas nem sempre devolvem, segundo a presidente da associação, Lídia Marli Magri.

O AVCC conta hoje com dois voluntários que confeccionam as perucas a partir dos cabelos doados.

"Conseguimos produzir seis por mês", afirmou Lídia.

A presidente disse que desde o início do ano, passou a receber uma quantidade razoável de doações, mas o número ainda é insuficiente.

No entanto, antes de 2014, eram quase inexistentes. O aumento é atribuído às campanhas de divulgação.

A AVCC busca agora outros voluntários que possam confeccionar os acessórios.


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