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Humanomania

Depois dos 'Humanos de NY', fotos e histórias de anônimos viram febre em 226 cidades e países; agora é a vez dos paulistanos

RICARDO SENRA DE SÃO PAULO

Um jovem é demitido de um banco, se muda para Nova York e resolve fotografar desconhecidos na rua. Às imagens, ele junta breves relatos pessoais que vão parar na internet.

Quatro anos e 10 mil fotos depois, o americano Brandon Stanton, 30, criador do site "Humans of New York", tem 4,2 milhões de seguidores no Facebook e publicou um dos livros mais vendidos nos EUA no ano passado.

Misto de "entrevistador,

fotógrafo e cronista", segundo o "New York Times", o

rapaz tem mais que um best-seller no currículo. Levantamento feito pela reportagem identificou 226 sites independentes chamados "Humanos de...".

Em capitais como Londres e Roma ou cidades como Iaşi (Romênia) e Cartum (Sudão), todos compartilham cliques e micro-histórias à exaustão.

No mês passado, a estudante Feruza Avezova, 20, lançou o "Humanos do Uzbequistão". À Folha, ela diz que o site é uma boa chance para que o povo de seu país "seja visto e ouvido".

Para Christy Dockendorf, 25, do "Humanos de Seul", é importante publicar histórias da "cidade com as maiores taxas de suicídio" da Coreia.

O advogado J. Apted, 50, do "Humanos das Ilhas Fiji", analisa: "Somos menos extrovertidos que os nova-iorquinos. Mas nossas fotos são mais coloridas".

'HUMANOS DE SOROCABA'

A maioria não chega perto do sucesso do original -caso dos "Humanos de Sorocaba" (três seguidores).

Avaliado como fotógrafo mediano pelos críticos, Brandon Stanton se destaca mesmo pelas minientrevistas.

Cada legenda do "Humans" original rende até 100 mil comentários -da alegria ao ódio profundo. Como o caso do jovem que dá detalhes sobre a morte do pai após uma briga.

A Folha experimentou o método por uma semana e rodou 178 km em busca de humanos. Eles foram encontrados no Brás, Carandiru, Ibirapuera, Jardins, Liberdade, Mooca, Pinheiros, Santana, Santo Amaro, Sé e Vila Zelina.

Além deles, outras imagens e histórias são publicadas todos os dias na seção on-line "sãopaulo Hoje" (folha.com/saopaulo/hoje).

Longe de consolidarem estatísticas sobre o perfil do paulistano, os entrevistados mostram que qualquer pessoa rende boas fotos e guarda belas histórias. É hora de conhecê-los.


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