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Nova falha faz passageiro ficar 1 h na fila da imigração em Cumbica

Responsável pelo serviço, PF diz que houve lentidão em sistema de checagem de passaportes

Há outra explicação para o problema: a falta de funcionários da empresa terceirizada para fazer o serviço

RAFAEL ANDERY ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Os passageiros que embarcaram em voos internacionais no aeroporto de Cumbica (Guarulhos, Grande São Paulo), durante o final de semana, sofreram com longas filas no setor de imigração.

Houve quem esperasse mais de uma hora em uma fila que formava quatro colunas no saguão do terminal.

Foi o que ocorreu com o estudante mineiro Adolfo Cortez, que entrou na fila às 20h de ontem e só conseguiu passar pela imigração às 21h10. O voo dele, para Los Angeles, partiu às 22h05.

No sábado também houve situações semelhantes, com longas filas e reclamações dos passageiros, que chegaram com antecedência ao aeroporto de Cumbica.

LENTIDÃO

O argumento oficial da Polícia Federal, responsável pelo setor de imigração, é que a demora se deveu a um problema no sistema de checagem de passaportes.

Por essa versão, checar o passaporte está levando o triplo do normal, o que causa acúmulo de passageiros.

O sistema é fornecido pelo Serpro (Serviço de Processamento de Dados da União). A Folha não conseguiu falar com a empresa ontem.

Na sexta, a PF havia dado a mesma justificativa para falhas na semana anterior, mas o Serpro negou ter havido lentidão em seu sistema.

Nos bastidores, agentes da PF dão outra explicação: a insuficiência de funcionários para checar os passaportes. O serviço é feito principalmente pela Randstad, terceirizada que cede pessoal para atender os passageiros.

Só que os funcionários da Randstad faltam e não há pessoal de reposição, segundo agentes do aeroporto e companhias aéreas.

A empresa ocupa provisoriamente o posto; o contrato venceu e foi renovado por 60 dias, até que a PF conclua licitação para contratar nova empresa para o trabalho.

CONTRATO

A Folha não conseguiu falar com a Randstad ontem. Na sexta, a empresa evitou falar em falta de funcionários; limitou-se a dizer que cumpre o contrato com a PF.

Na tentativa de amenizar o problema, a PF tem complementado os postos de imigração com funcionários cedidos pela Infraero (estatal que administrava o aeroporto) e com agentes de polícia.

Ontem, funcionários de companhias aéreas disseram à reportagem que a demora na imigração já fez passageiros perderem voos.

Para evitar que isso aconteça, as empresas têm recomendado que os passageiros cheguem com maior antecedência ao aeroporto.

A nova orientação pede que os clientes se apresentem de três a quatro horas antes do voo, em vez das duas horas habituais.

O governo federal diz esperar que a questão se resolva nas próximas semanas.


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