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Alckmin agora diz que avalia racionamento

Governador muda discurso e afirma que não descarta rodízio de água, mas que medida ainda não é necessária

Campanha na TV e no rádio vai divulgar o desconto na conta dos consumidores que economizarem água

GABRIELA TERENZI DE SÃO PAULO

Numa mudança de discurso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que não descarta o rodízio de água no Estado de São Paulo. O tucano afirmou que "no momento" a medida não é necessária, mas que passará a ser avaliada diariamente.

Até então, tanto o governo quanto a Sabesp vinham descartando o racionamento em seus posicionamentos oficiais. O novo tom na fala de Alckmin veio após a Folha revelar que a própria companhia, em seu relatório de prestação de contas, admitiu a hipótese de limitar o abastecimento ainda neste ano.

"Nós não descartamos o rodízio. (...) Vamos avaliar diariamente. No momento não há necessidade", disse Alckmin, em evento na capital.

Numa tentativa de retardar o racionamento, o governo vai lançar nos próximos dias uma ampla campanha em TV e rádio divulgando desconto na conta dos consumidores de toda a região metropolitana que economizarem água.

"Não é questão de segurar [um racionamento], é de avaliar. O rodízio promove uma redução. Se você consegue essa redução sem o rodízio, melhor", explicou Alckmin.

A medida é um dos últimos recursos do governo para evitar o rodízio. A crise hídrica tem sido o centro das preocupações do governador, que se prepara para disputar a reeleição e prevê desgaste.

Numa tentativa de responder aos adversários políticos, que o acusam de ter falhado no planejamento da área, Alckmin ressaltou ontem o incentivo à redução do consumo e as obras estruturais, que foram anunciadas no esteio da crise. Por fim, voltou a afirmar que esse tipo de decisão seria "técnica".

"Essa é uma avaliação técnica que está sendo feita diariamente e nós temos uma boa expectativa de redução de consumo em toda a região metropolitana, que vai ser importante para essa avaliação feita cotidianamente."

Alckmin confiava, até então, que conseguiria manter o abastecimento -mesmo com o sistema Cantareira em nível crítico- até novembro. Agora, teme que as reservas de água não sejam suficientes para chegar ao fim do ano.

A avaliação desgastou a relação do governador com a presidente da Sabesp, Dilma Penna, que tem bancado a decisão de segurar o rodízio.

Ontem, o tucano anunciou a nomeação de Mauro Arce para a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos.

Engenheiro, ele estava na presidência da Cesp (empresa de energia), mas já vinha sendo consultado pelo governador sobre a crise hídrica. Durante a gestão anterior de Alckmin, ele comandou a pasta. A partir de hoje, já comandará as negociações junto a órgãos federais sobre a crise de água no Estado.


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