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Empresa quer assumir checagem de passaporte
DE SÃO PAULOA GRU Airport, concessionária responsável pelo aeroporto de Guarulhos, propôs ao governo federal assumir o serviço de checagem de passaportes no terminal.
A ideia é tentar ajudar a acabar com as filas de passageiros que acontecem no local --e que se tornaram mais frequentes nas últimas três semanas, com tempo de espera que chega a uma hora.
O serviço atualmente é feito por uma empresa terceirizada contratada pela Polícia Federal, com ajuda de seus funcionários e da Infraero.
O ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, levou a proposta para análise do governo --entre os quais o Ministério da Justiça, ao qual a PF é subordinada, e à Advocacia-Geral da União.
Pelo modelo apresentado pela concessionária de Guarulhos, o controle do setor continuará a ser feito pela Polícia Federal. A GRU Airport cederia funcionários, que seriam treinados pela PF.
O governo fará uma análise para verificar a legalidade e a viabilidade da proposta.
Externamente, a questão pode enfrentar resistência do Tribunal de Contas da União, que já se posicionou contrário à terceirização dos postos.
A GRU Airport quer resolver o problema porque, embora o serviço não seja de sua responsabilidade, os atrasos irritam as empresas, que pagam à concessionária, e afetam a imagem do aeroporto.
FILAS
As filas acontecem, segundo a PF, devido à lentidão no sistema usado para validar as informações dos passaportes --o atendimento tem levado o triplo do tempo.
A Serpro, estatal que fornece o sistema, diz que a aplicação não teve problemas.
Há outro motivo, segundo empresas aéreas e agentes federais: o contrato da PF com a terceirizada Randstad acaba em 24 de maio.
Como os funcionários estão em vias de sair, dizem, faltam ao serviço. A Randstad negou que houvesse faltas --posição idêntica à da PF à Folha na semana passada.