Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Posto inaugurado por ministro estreia sem ortopedista

Houve espera de até nove horas por consulta; prefeitura confirma falta de especialista e diz que procura foi alta

PAULA FELIX DO "AGORA"

Inaugurada no sábado pelo ministro Arthur Chioro (Saúde) e pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), a primeira UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Paulo estreou ontem com até nove horas de espera por atendimento médico.

Localizada em Campo Limpo, na zona sul, a unidade estava sem ortopedistas.

Com suspeita de dengue, o instrutor de eletricidade Marcos João Amadio, 56, foi um dos que ficaram horas aguardando atendimento. "Cheguei às 9h e demorou uma hora para fazer a ficha." Ele foi atendido por volta das 16h.

A dona de casa Maria Pedro, 51, ficou mais de nove horas na unidade. Ela chegou por volta das 6h, na esperança de ser uma das primeiras a ser atendida --a UPA, que funcionará 24 h, abriu às 7h.

Às 11h, o médico pediu um raio X, que foi feito às 15h. Por volta das 16h ela recebeu o diagnóstico de pneumonia e foi liberada com a receita.

Os pacientes disputavam as cadeiras, mas a maioria acabou tendo que sentar no chão ou ficar em pé. Outra queixa foi a falta de descarga no banheiro feminino.

OUTRO LADO

A Secretaria de Saúde confirmou a falta de quatro ortopedistas e disse que há uma seleção em andamento pelo Hospital Albert Einstein, que administra a UPA.

A pasta diz que, enquanto os ortopedistas não chegam, os atendimentos serão no Hospital do Campo Limpo.

Sobre a demora no atendimento, a secretaria informou que foi causada pela "alta procura". A pasta disse que até as 18h, foram abertas 738 fichas. A capacidade é de mil atendimentos.

A UPA do Campo Limpo é 69º posto desse tipo aberto no Estado. A prefeitura gastou R$ 9,1 milhões na reforma do prédio, antes ocupado por uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial).

O governo federal repassará R$ 500 mil ao mês para mantê-la. O posto terá 17 médicos de dia e 13 à noite (das 19h às 7h), diz a prefeitura.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página