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Eduardo Peñuela Cañizal (1933 - 2014)

Um dos primeiros professores da ECA-USP

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Durante a Guerra Civil Espanhola, o pai de Eduardo Pañuela, um republicano do Sul do país, teve que se refugiar no Brasil. Ainda uma criança, Eduardo ficou na pequena propriedade de seu pai, junto às suas irmãs.

Já na ditadura de Francisco Franco, Eduardo viu seguidas tentativas de invasão da pequena fazenda onde a família criava porcos para produzir "jamóns". Até que aos 17 anos, decidiu seguir o rumo do pai e veio para o Brasil.

Anos mais tarde, tornou-se doutor em letras pela USP. E, em 1965, participou da implantação da Escola de Comunicações Culturais, que mais tarde se tornaria a ECA (Escola de Comunicações e Artes), da USP.

Especialista em semiótica visual, Eduardo assumiu a diretoria da ECA entre os anos de 1993 e 1997. Neste período, implementou a atual biblioteca da escola e convenceu a reitoria da USP a concluir os prédios dos departamentos de música, artes plásticas e artes cênicas.

Os alunos e funcionários da ECA naquele período acostumaram-se a perceber a presença do diretor da escola pelo aroma de seu inseparável cachimbo e pela a presença de algum carro esportivo nas vagas da diretoria. Pañuela amava carros velozes.

No mesmo dia em que retornou de uma viagem à Espanha, Eduardo sentou-se para assistir a uma partida do seu time, o Santos, pela final do Campeonato Paulista. Costumava dizer que o uniforme branco o lembrava o seu Real Madrid, clube espanhol.

Cardíaco, morreu aos 80 anos de infarto antes do fim da disputa de pênaltis em que o Santos saiu derrotado.


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