Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

Remo sobre prancha disputa espaço com navios em Santos

CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO MOACYR LOPES JUNIOR ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

De um lado, passa um esportista de pé em cima de uma prancha. De outro, um navio de 15 metros de altura e 30 de comprimento. A cena tem sido vista com frequência no canal do porto de Santos. Praticantes de "stand-up paddle", espécie de remo sobre prancha, andam no mesmo espaço de cargueiros.

No feriado da Páscoa, a reportagem flagrou no canal de cerca de 200 metros que liga a cidade a Guarujá diversos surfistas e veranistas em canoas e caiaques.

Ali, no último dia 12 de abril, o lutador de jiu-jitsu Renato Salvino, conhecido como Renato Gardenal, morreu após bater sua moto aquática com uma lancha.

Mário Cavaco Neto, de 26 anos, atleta profissional de "stand-up paddle" há dois, diz que raramente vê fiscalização da Capitania dos Portos no local. "Eles vêm de vez em nunca e, no máximo, implicam com o colete. Nada além disso", diz.

Ele compara o canal a uma avenida. "O pessoal do stand-up paddle' são os pedestres e os navios, os caminhões", afirma.

Morador de Santos e também esportista, Walter Schmidt Junior, 50, defende uma sinalização mais clara nesse trânsito marítimo. "Deveria haver boias delimitando um espaço para a travessia", afirma. "Funcionaria como uma espécie de faixa de pedestres no canal."

Na sua opinião, o perigo maior não são os navios, mas as lanchas e moto aquáticas.

A Capitania dos Portos afirma que não há um plano para proibir ou restringir a travessia dos banhistas com "stand-up paddle" ou canoas e caiaques no canal.

O órgão diz que distribui uma cartilha contendo dez orientações aos banhistas que desejam praticar o esporte no canal de Santos.

Entre elas, que mantenham uma distância de 200 metros das embarcações, não surfem nas marolas feitas pelos navios e não remem na direção da frente dos barcos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página