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Alckmin vai retirar mil policiais do serviço 190

Soldados que fazem o trabalho serão deslocados para o patrulhamento de rua

Data para mudança não foi revelada; terceirização do serviço ao público já ocorre em outros Estados do país

FELIPE AMORIM ENVIADO ESPECIAL A FRANCA

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que ao menos mil policiais militares voltarão às ruas para patrulhamento ostensivo.

O remanejamento, segundo o governador, será possível com a substituição dos policiais militares que atuam no serviço 190 (que recebe ligações telefônicas da população) por não militares.

O governador, que ontem estava em Franca (a 400 km da capital), não detalhou porém quando a substituição de equipes começará a ocorrer.

No último dia 10, a Folha mostrou que mecânicos, atendentes do serviço 190, assessores de imprensa, guardas de quartel e equipes do departamento pessoal são considerados pelo governo estadual como policiais militares de rua --fórmula encontrada para "aumentar" o efetivo operacional da PM.

"Pretendemos deixar só o despacho [atendimento das ocorrências] com a Polícia Militar. Vamos começar com São Paulo, contratando uma empresa para fazer o primeiro atendimento", disse.

O serviço 190 terceirizado não é novidade no Brasil. Foi implantado em 2000 em Fortaleza e depois em Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Sergipe e no Distrito Federal.

"O que precisa é atendimento rápido e eficiente, e um maior número de policiais fazendo o patrulhamento", disse. "Temos o dever de gastar menos dinheiro na atividade-meio e mais [dinheiro] na atividade-fim."

Também no último dia 6, a Folha mostrou que, na contramão dos indicadores de roubos, com nove aumentos consecutivos, o Estado de São Paulo perdeu 3.000 homens de seu efetivo policial nos últimos dez anos e viu cair abaixo da média mundial sua taxa de policiais por grupos de 100 mil habitantes.

A medida anunciada pelo governador visa conter as reclamações de municípios que não têm o atendimento no município. Os vereadores de Franca se uniram aos de Araraquara (a 273 km de São Paulo), que também reivindicam o atendimento do 190, para reclamar ontem ao governador da centralização do serviço em Ribeirão Preto.

A mudança ocorreu no ano passado. Somente após o primeiro atendimento no 190 é que a PM é acionada na cidade de origem da chamada.

Segundo a PM, o atendimento do 190 é centralizado, em todo o Estado, nas principais cidades de cada região.


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