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Incêndio na FAU causa interdição de salas de aula

Fogo surgiu após curto-circuito em luminária; USP avalia situação hoje

Prédio não tem vistoria válida dos bombeiros, dizem docentes; imóvel tombado impede obtenção do documento, diz diretor

ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO

Um incêndio na FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), no fim da semana passada, causou a suspensão de aulas em seis salas hoje, por todo o dia.

Uma reunião extraordinária da congregação da instituição, marcada para as 9h de hoje, deve definir para onde os alunos serão remanejados até que a situação seja normalizada no prédio.

Segundo funcionários, o incêndio aconteceu após um curto-circuito em uma luminária na sala 811, na última quinta-feira. Uma lona acabou pegando fogo.

Na tentativa de controlar as chamas, funcionários jogaram água e danificaram alguns computadores da sala.

O fogo foi extinto pelos próprios empregados da faculdade, sem a ajuda do Corpo de Bombeiros.

O acidente provocou a interdição temporária das salas 807, 808, 809, 810, 811 e 812.

O incidente levantou outro tema a ser discutido, segundo professores da faculdade: o prédio não possui AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) válido.

A falta do documento que atesta a segurança contra incêndio em uma das principais faculdades de arquitetura do Brasil preocupa empregados e estudantes.

"Só tive problema numa sala. Por precaução, suspendi nas outras salas, mas por enquanto só até terça [hoje]", diz o diretor da FAU, Marcelo de Andrade Roméro.

Ele afirma que a faculdade está em reforma e deve ter todo o sistema elétrico trocado.

As obras no prédio terminam em dezembro.

Questionado sobre a falta de AVCB, ele diz que o fato de um prédio da instituição ser tombado dificulta a obtenção do documento.

"Pela lei do patrimônio histórico, a gente não pode alterar nada do prédio", afirma.

"Uma lei age contra a outra. Uma pede uma coisa e a outra impede de fazer a mesma coisa", completa.

DETERIORAÇÃO

Há mais de 15 anos, o prédio desenhado pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas está em processo de grave deterioração.

O principal problema da construção é a cobertura, que apresenta vazamentos e até pedaços de concreto soltos.

Questionada na tarde de ontem sobre a falta do AVCB no local, a Secretaria da Segurança Pública, responsável pelo Corpo de Bombeiros, não se pronunciou até a conclusão desta edição.


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