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Luiz Alberto dos Santos (1950 - 2014)

Antropólogo amante de chapéus

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Não se sabe o porquê, mas Luiz Alberto dos Santos viciou em chapéus. Tinha um para cada ocasião.

Para as cerimônias quando secretário de Cultura de Sergipe, chapéu de aba larga e de tecido escuro. Para os dias de praia, um chapéu leve de trama larga. Já para as noites de festa com amigos, o bom e velho modelo Panamá dava conta do recado.

Por onde quer que viajasse, comprava um modelo novo. Até mesmo para visitar uma das irmãs, que morava no mesmo prédio que ele, escolhia o chapéu a dedo, nem que fosse para tirá-lo assim que entrasse na casa dela.

Festeiro, em época de São João, Luiz organizava o seu "forró do sapo". Segundo a família, a visita do anfíbio no primeiro forró organizado por Luiz deu nome à festa que se repetiria nos anos seguintes.

Luiz era formado em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe e especializou-se em antropologia.

Foi um dos responsáveis pelo reconhecimento de terras dos índios xocós, única tribo ainda organizada no Estado. Trabalhou também para o reconhecimento pela Unesco da praça de São Francisco, no município de São Cristóvão, como patrimônio histórico mundial.

No último ano, foi diagnosticado com um câncer no intestino. Permaneceu à frente da subsecretaria de patrimônio do Estado até a véspera de sua morte. Deixa dois filhos, dois netos, quatro irmãos e (segundo a própria família) uma legião de amigos.

Compareceram a seu enterro diversos grupos folclóricos, entre eles dançarinos e sanfoneiros que prestaram suas homenagens ao amigo.


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