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Ruy Guglielmetti (1920 - 2014)

Médico que quis ser engenheiro

DE SÃO PAULO

Nos anos 30, Ruy Guglielmetti, recém-chegado de Palmital, no interior de São Paulo, viu os arranha-céus despontarem no centro da capital. Entusiasmou-se com as construções e quis ser engenheiro. Foi para outro lado.

Virou médico por influência do irmão, já clínico, e de um médico inglês, que atendeu Ruy quando ele quebrou um braço e de quem virou um grande amigo.

Em 1950, Ruy se formou na Escola Paulista de Medicina (hoje, Unifesp). Segundo a família, trabalhava muito em seus vários empregos.

Dava aula, tinha clínica particular, operou por 30 anos na Santa Casa --de forma voluntária, segundo a família-- e foi, por mais de 20 anos, chefe do departamento médico da Folha. Sempre dizia que, no jornal, atendia a todos --"dos diretores aos carregadores".

Ruy gostava de clinicar em qualquer lugar, até mesmo em jantares com amigos. Uma vez, enquanto comia, levantou-se e pediu para examinar os olhos de um italiano que visitava o Brasil.

"Faça um exame porque você pode estar com hepatite", disse. Foi certeiro. Dias depois, o italiano descobriu que sofria da doença.

A paixão pelas construções, porém, não abandonou Ruy. Chegou a comprar, numa sociedade com amigos, um prédio inacabado em Higienópolis, centro de São Paulo. Comandou a construção e vendeu o imóvel.

Morreu aos 94 anos na madrugada da última quinta-feira, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Deixa mulher, duas filhas e três netos.

Pastores da Igreja Presbiteriana fizeram uma homenagem em seu velório, que ocorreu na última sexta.


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