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ONG teme que áreas residenciais sejam afetadas

DE SÃO PAULO

Arquitetos e urbanistas ligados à ONG Movimento Defenda São Paulo criticam a versão do novo Plano Diretor aprovada ontem em comissão da Câmara.

Para eles, a ideia da gestão Haddad de adensar áreas perto de eixos de transporte público é positiva, mas a forma como será executada, na prática, trará problemas à cidade.

Pelo plano, eixos com padrão de construção semelhante ao da avenida Paulista, com prédios altos colados uns aos outros, poderão cortar bairros residenciais, formados principalmente por casas.

"Serão verdadeiras muralhas passando por áreas já constituídas, sem que as comunidades locais possam opinar", afirma Luiz Carlos Costa, que foi professor de planejamento urbano da USP.

Os especialistas dizem que as diretrizes do plano são genéricas demais e afirmam que seria necessário exigir uma avaliação da estrutura de cada região para saber se elas podem receber um determinado número de novos moradores.

No caso dos eixos de transporte, ele defende que o plano apresente um sistema de transporte para atender as demandas por viagens num período máximo futuro.

Já o engenheiro Ivan Maglio diz que as linhas de metrô e os corredores de ônibus existentes não comportam um acréscimo de passageiros e que não há garantia de que as obras projetadas serão suficientes para a demanda.

Na visão dos urbanistas, a versão aprovada vai aumentar a área que poderá ser explorada pelo mercado imobiliário, sem regras suficientes para harmonizar o crescimento da cidade com a manutenção da qualidade de vida.

Segundo cálculos do movimento, o mercado vem produzindo de seis a oito milhões de m² por ano em lançamentos, mas a área passível de exploração nos próximos dez anos --tempo de vigência do plano-- pode passar de 200 milhões de m².

Outra preocupação é com a questão ambiental, já que o plano, segundo eles, vai consolidar a ocupação das margens das represas Billings e Guarapiranga e trata pouco do impacto causado pelo uso e ocupação do solo.


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