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Pai teve crise de choro ao saber da morte de Bernardo, diz defesa

Justiça do RS negou pedido de advogado para transferir o caso para outra cidade

FELIPE BÄCHTOLD ENVIADO ESPECIAL A TRÊS PASSOS (RS)

A defesa do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, assassinado no interior gaúcho no início deste mês, diz que ele teve uma crise de choro quando soube da morte do garoto.

Bernardo foi encontrado morto na semana passada em Frederico Westphalen (a 447 km de Porto Alegre), cidade a 80 km de Três Passos, onde ele morava com o pai. Boldrini, a madrasta Graciele Ugolini e uma assistente social estão presos.

De acordo com o advogado do médico, Jader Marques, Boldrini quase "avançou" sobre Graciele ao ter conhecimento da morte do menino. O defensor quer que policiais sejam ouvidos para esclarecer as circunstâncias do momento da prisão.

Segundo Marques, Boldrini autorizou a polícia a conferir detalhes de ligações telefônicas com o filho. Os registros mostram que o pai, disse o advogado, comunicava-se com o Bernardo com frequência, às vezes mais de uma ocasião por dia.

Para o defensor, isso contraria a versão difundida em Três Passos de que o pai não dava atenção ao filho.

"Ele era absurdamente dedicado ao trabalho. E, por conta disso, pagou o preço familiar", afirma.

Procurado, o advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, disse que não poderia falar sobre as declarações do defensor do pai, pois ainda está se inteirando do caso. Mattos assumiu a defesa de Graciele nesta semana.

TRANSFERÊNCIA NEGADA

O juiz Marcos Luís Agostini negou o pedido da defesa de Boldrini, que pleiteou a transferência do caso de Três Passos para Frederico Westphalen. Marques argumentava que o processo deveria acontecer no lugar da "consumação do crime".

A delegada responsável pelo caso, Caroline Machado, disse discordar do pleito. "Os fatos [que levaram ao assassinato] iniciaram aqui [em Três Passos]", disse.

Desde o sumiço de Bernardo, dez dias antes das prisões, um clima de consternação tomou conta de Três Passos. Quando o crime foi revelado, moradores ameaçaram incendiar a casa do médico.

O advogado, porém, afirma que seu pedido não tem relação com a comoção no município.


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