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Agente penitenciário é suspeito de dopar colegas para furtar armamento
Ele serviu suco e salada de frutas com tranquilizantes, segundo a polícia de Minas
Um agente penitenciário foi preso em Minas Gerais sob suspeita de dopar colegas de trabalho para furtar pistolas e submetralhadoras de um depósito de armamentos.
O crime ocorreu há um mês, na central de escoltas da penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (Grande Belo Horizonte).
A Polícia Civil informou ontem que prendeu quatro suspeitos e recuperou 40 das 45 armas furtadas, cerca de 1.488 cartuchos de munição e 97 carregadores. Um quinto suspeito está foragido.
A investigação apontou que Marcos Antônio Rodrigues Oliveira, 38, carcereiro há 11 anos, planejou o crime e teve ajuda de um irmão, também detido. O armamento, segundo a polícia, seria vendido por até R$ 250 mil.
No dia do crime, o agente levou salada de frutas e suco de limão para servir aos colegas, no almoço e no jantar.
À noite, contudo, ele misturou tranquilizantes aos alimentos para dopar oito colegas de trabalho e retirar as armas do depósito.
Por volta das 21h, os agentes adormeceram. Marcos ligou para o irmão Arthur Rodrigues Oliveira Nogueira, 23, que estacionou um carro nas imediações e levou o arsenal.
Após o furto, o agente, de acordo com a polícia, também ingeriu o suco e a salada de frutas para despistar.
OUTRO LADO
Em entrevista a uma rádio, ontem, o agente confessou o crime e se disse arrependido. Afirmou que bandidos o pressionaram para pagar uma dívida, ameaçando sua família. A reportagem não localizou o defensor do agente penitenciário e de seu irmão.
Ontem, na apresentação do caso pela polícia, o agente penitenciário desmaiou.
A Polícia Civil afirma que os outros dois presos teriam intermediado as vendas.
O foragido é um pedreiro que guardou parte do arsenal em casa. Está descartada, por ora, a participação de outros agentes penitenciários.