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Em 4 meses, casos de dengue em SP superam o total do ano passado

São 3.050 registros até anteontem, ante 2.617 em 2013, segundo a Secretaria Municipal da Saúde

Segundo funcionários da prefeitura, situação pode ser mais grave, pois há subnotificação; secretaria nega

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

Os casos de dengue explodiram na capital paulista nos quatro primeiros meses do ano e já superam o total de 2013. Foram 3.050 de janeiro até anteontem, ante 2.617 no ano passado todo.

Mas os dados divulgados ontem pela Secretaria Municipal da Saúde podem ser só a ponta do iceberg, pois há muita subnotificação, dizem funcionários da prefeitura.

Na condição de anonimato, eles dizem que muitas pessoas com sintomas da dengue não estão fazendo exames de sorologia nas unidades de saúde para confirmar a doença. Sem o resultado, não há registro oficial do caso e, o que é pior, pode haver falha no cuidado ao doente.

O caso do garoto Israel Barbosa, 6, é exemplar. Ele morreu de dengue hemorrágica no início deste mês, após ficar uma semana com sintomas da doença, sem que ela tivesse sido diagnosticada.

A mãe, Dalvaci de Oliveira, diz que levou o menino duas vezes à AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Vila Nova Jaguaré (zona oeste), com febre alta, vômito e dor de cabeça, mas os médicos disseram que era uma virose.

Segundo ela, em nenhum momento foi pedido um exame sorológico para confirmar a dengue, mesmo a família morando no Jaguaré, bairro líder em casos de doença na cidade, com 504 ocorrências.

A Secretaria Municipal de Saúde diz que os exames sorológicos de dengue estão sendo feitos rotineiramente nas unidades de saúde e que não há subnotificação. Afirma que a conduta dos médicos que atenderam Israel está sendo investigada.

Em janeiro, a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) distribuiu para todas as unidades nota técnica com as instruções para o atendimento de casos suspeitos de dengue. A nota será redistribuída, segundo a prefeitura.

Em entrevista ao programa "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes, o secretário estadual da Saúde, David Uip, disse ontem que as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas enfrentam um surto da doença.

ZONA OESTE

A zona oeste de São Paulo é a região que concentra a maioria dos casos. Depois do líder Jaguaré, a Lapa vem na sequência, com 247 registros. Na zona norte, o bairro com mais casos é o Tremembé, com 253 notificações.

As altas temperaturas nos últimos meses, aliadas ao grande número de criadouros do mosquito Aedes aegypti tanto nas casas (vasos de plantas, por exemplo) quanto nas ruas (lixo e entulho) explicariam o aumento do número de casos, segundo os especialistas.


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