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Polícia encerra caso Pesseghini e conclui que garoto matou família

De acordo com a investigação, menino de 13 anos assassinou quatro parentes e se suicidou

Avós duvidam que ele seja o autor do crime; depoimento de PM não bate com a apuração, afirma advogada

DE SÃO PAULO

A Polícia Civil de São Paulo encerrou as investigações do caso Marcelo Pesseghini e enviou à Justiça o relatório que mantém a tese de que o adolescente matou a família e cometeu suicídio.

O inquérito foi enviado à Justiça na última sexta-feira (16) e vai ser analisado pelo Ministério Público Estadual.

O crime ocorreu em agosto passado, na Brasilândia (zona norte de São Paulo). Marcelo, 13, é apontado como o autor dos tiros que mataram seus pais (os PMs Luís Pesseghini e Andreia Pesseghini), a avó e a tia-avó.

Segundo a advogada Roselle Soglio, os avós paternos de Marcelo queriam a reabertura das apurações. Eles afirmam não acreditar que o garoto tenha praticado o crime.

Os familiares sustentam que o garoto tinha uma doença que dificultaria segurar uma arma e era muito dócil.

Roselle afirma ver contradições no depoimento de uma testemunha-chave do caso, o soldado João Batista da Silva Neto, 39, vizinho e colega de trabalho da mãe do garoto.

Ele disse à polícia ter visto a família em um churrasco em casa por volta das 12h de domingo, dia do crime.

Ingressos encontrados na casa, porém, indicam que pai, mãe e filho foram ao cinema. Os tíquetes foram comprados às 12h45 daquele dia, para a sessão das 13h20.

Procurado pela Folha, Silva Neto disse estar proibido de falar sobre o assunto.

A polícia afirma que não há dúvidas de que o menino é o autor das mortes e que a versão apresentada pelo policial, mesmo com problemas, não muda a apuração.

Ontem, a advogada pediu ao promotor do caso que o policial seja ouvido novamente.

Segundo a principal linha de investigação, Marcelo matou a família, dirigiu o carro dos pais até a escola, assistiu às aulas e voltou para casa de carona. Depois, se matou.

A Secretaria da Segurança Pública disse na última terça (13) que a cena do crime não foi totalmente preservada.

Peritos constataram nessa semana que os disparos poderiam ser ouvidos a 50 metros da casa da família. Nenhum vizinho, no entanto, disse ter escutado disparos.


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