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Agnesília Carvalho Cruz (1925 - 2014)

Lila não sabia o que eram férias

DE SÃO PAULO

Agnesília resolveu chamar-se Lila, afinal, ao longo dos 30 anos trabalhando nos Correios, nunca conseguiu ver alguém com o mesmo nome que o seu em alguma correspondência.

Lila era casada com o chefe da agência da empresa na cidade em que nasceu, Piumhi (MG). E, por isso, morava na agência.

A combinação entre casa e trabalho fez com que a família se acostumasse a dizer que Lila não tinha férias, pois sempre acabava ajudando os clientes, mesmo quando estivesse de folga.

Depois de se aposentar na década de 1970, dedicou-se a cuidar dos filhos e netos.

Nos últimos cinco anos, voltou a trabalhar na confecção de artesanato.

A atividade que executava com enorme talento. A produção era vendida na barraca de uma de suas filhas aos domingos na tradicional Feira de Artes e Artesanatos de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena.

Já internada por um edema pulmonar e bastante debilitada, Lila pediu que uma das filhas escrevesse uma mensagem para a equipe de médicos e enfermeiros que a atendeu: "Gosto de coisas que brilham, de pessoas de luz, de gente que sabe ter sol mesmo quando o tempo está nublado".

Deixou o marido Edson (94 anos) que também trabalhou nos Correios e com passava os dias de mãos dadas na sala de casa. Deixa ainda sete filhos, seis netos.

A família realizará a missa do sétimo dia na Igreja São Francisco das Chagas, no bairro Carlos Prates, em Belo Horizonte, nesta terça-feira (27), às 19h.


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