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Esquema ilegal também atrai latinos e africanos

DOS ENVIADOS A PUERTO MALDONADO

A chegada em massa dos haitianos pela estrada Interoceânica, a partir de janeiro de 2011, tornou a rota conhecida internacionalmente. Desde o ano passado, cada vez mais latino-americanos e africanos, sobretudo do Senegal, a utilizam para tentar a sorte no Brasil.

A consolidação do tráfico de imigrantes coincidiu com a finalização da Interoceânica, obra que durou 11 anos e custou mais de US$ 2,8 bilhões.

Diferentemente dos haitianos, que recebem um visto humanitário por causa do acordo assinado após o terremoto que devastou o país caribenho em 2010, os demais estrangeiros solicitam refúgio --eles podem ficar legalmente no país até o trâmite final do processo, que pode demorar um ano.

Os haitianos ainda são maioria, mais de 20 mil até o momento. Mas cresce o número de senegaleses: mais de 2.000 desde 2013.

Muitos deles já tentaram a vida na Europa. Mas, com a crise econômica, agora vislumbram o Brasil como terra prometida.

"Aqui é como a Europa para ganhar dinheiro e melhorar de vida", disse o senegalês Moussa Faye, 47, que entrou no Brasil em 7 de março. Ele conta ter pagado US$ 4.500 (quase R$ 10 mil) para ir de Dakar a Quito, com uma escala em Madri. Do Equador, seguiu por terra até o Brasil.

Entre os latinos, cada vez mais dominicanos usam a rota para entrar no país --de janeiro do ano passado até o último dia 15, chegaram 201.

Facilita a entrada em massa dos imigrantes a porosidade da fronteira brasileira. O posto da PF em Assis Brasil fecha diariamente das 20h às 8h. Quando aberto, opera com somente dois policiais.

Cem quilômetros ao Sul, na fronteira da Bolívia com as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, a situação é ainda pior: as pontes entre os países estão sem fiscalização e são as preferidas pelos senegaleses.

A PF informou que atua com policiamento ostensivo nas fronteiras e troca de informações com polícias de Peru, Bolívia e Equador.


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