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Site anuncia aluguel em alojamento da USP

Locação de apartamento, destinado a alunos de baixa renda ou de fora de São Paulo, é vetada pela universidade

Após contato da Folha, responsável apagou a propaganda e disse que alguém a postou em seu nome de brincadeira

CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO

Hospedar-se em um "apartamento universitário" em São Paulo, pagando R$ 40 a diária e aproveitando a oportunidade de conhecer pessoas de outros países e que falam outras línguas.

A oferta, que estava disponível na manhã desta segunda-feira (26) no Airbnb, site de aluguel de imóveis para turistas, tem só um problema: a hospedagem é oferecida em um apartamento do Crusp (Conjunto Residencial da USP), na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo.

O conjunto residencial foi construído para receber na universidade alunos vindos de outras cidades e estudantes de baixa renda. O aluguel do espaço é proibido.

O alojamento é formado por sete blocos, com apartamentos de dois ou três quartos e um banheiro, que abrigam cerca de 1.200 alunos de graduação e pós-graduação.

Como o número de vagas é menor do que a demanda, a universidade seleciona os moradores de acordo com critérios socioeconômicos. A escolha geralmente acontece no começo do ano.

O anúncio na internet disponibilizava um quarto inteiro no apartamento, com uma "cama de verdade". No total poderiam se hospedar até três pessoas no local.

"Moramos no campus universitário e aceitamos visitantes. Estamos interessados no intercâmbio cultural, no contato com estrangeiros e diferentes línguas", dizia a descrição do anúncio.

Só havia vagas disponíveis nos primeiros dias de dezembro ou só a partir de janeiro do ano que vem.

Questionada sobre a oferta, a USP afirmou que o aluguel do apartamento é vetado e que iria apurar se quem fez o anúncio era realmente morador do Crusp.

A Folha entrou em contato com o anfitrião do alojamento simulando interesse no quarto e questionando a legalidade da prática.

Identificado apenas como "Tavito", o anunciante respondeu: "O anúncio já foi retirado. Tudo não passou de uma trollagem' [brincadeira] feita em meu nome. Muito obrigado por avisar".

A oferta no site foi apagada logo em seguida.


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