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São Paulo estuda aumento do piso para médicos da rede municipal

Proposta de mudança no plano de carreira inclui gratificações para quem atua na periferia

Se aprovado pelos vereadores, salário inicial para 20 horas semanais subirá de R$ 4.203 para R$ 5.040

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo pretende modificar em breve o plano de carreira dos médicos da rede municipal, aumentando o piso salarial da categoria e as gratificações para quem trabalha em regiões periféricas da capital.

O salário inicial dos médicos terá aumentos anuais progressivos até 2016, quando o piso será estabilizado.

Hoje, um médico em início de carreira que trabalha 20 horas semanais ganha R$ 4.203. Se a proposta vingar, o valor irá para R$ 5.040 já neste ano. Em 2016, o piso da categoria seria de R$ 6.000 --aumento total de 43%.

Atualmente, existem aproximadamente 6.000 médicos na rede municipal, dos quais cerca de 80% trabalham no regime de 20 horas semanais.

No dia 7 de maio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também mexeu no Orçamento do Estado para atrair médicos ao oferecer um bônus de 30% sobre o salário inicial da categoria.

Também está nos planos da prefeitura aumentar a gratificação dada aos profissionais que trabalham em áreas de difícil acesso.

O valor desse reajuste, no entanto, ainda está em negociação. Atualmente, o bônus varia de R$ 500 a R$ 1.000.

"Os médicos já enviaram o que podemos chamar de reivindicações finais à prefeitura. Nosso último pedido foi a inclusão dos aposentados na carreira", diz João Ladislau Rosa, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

Segundo a Folha apurou, a prefeitura aceitou fazer a inclusão de aposentados no novo plano de carreira.

APROVAÇÃO

O projeto ainda está em fase de ajustes e será encaminhado para votação na Câmara Municipal em breve.

Para fechar a versão final, a prefeitura precisa encerrar as negociações com oito sindicatos --serão alteradas todas as carreiras da saúde, a exemplo dos enfermeiros.

Se a proposta for aprovada pela Câmara, os vencimentos serão retroativos a maio.

Estima-se que o reajuste irá custar R$ 150 milhões ao Orçamento da capital apenas para este ano.

A alteração na carreira médica municipal é uma tentativa da gestão Fernando Haddad (PT) de fixar os profissionais em regiões periféricas.

A proposta caminha na mesma linha do programa federal Mais Médicos, lançado na gestão de Dilma Rousseff (PT) em julho de 2013.

"É uma boa iniciativa. Não resolve a falta de médicos, mas é um passo para começar a atrair esses profissionais para as áreas com maior deficit", diz Rosa.


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