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Silvio Meyerhof (1946-2014)

Empresário amante das artes

DE SÃO PAULO,

"Um superlativo ambulante". Essa é a definição da psicanalista Luciana Saddi sobre seu marido, Silvio Meyer-hof. Empresário, ele sempre conciliou o trabalho com outras grandes paixões.

Seu pai, judeu nascido na Alemanha que viveu na Itália, migrou para o Brasil no fim da década de 30 e fundou a fábrica que viria a se chamar Olimpus, especializada na produção de antenas.

Com pouco mais de 20 anos de idade, Meyerhof assumiu o negócio e ampliou o portfólio de produtos. Passou a vender alarmes e outros aparelhos para a indústria automobilística.

No tempo livre, gostava de estudar, pintar, viajar --Nova York era um dos destinos favoritos-- e ir a exposições.

A paixão de Meyerhof pelas artes o fez alcançar o posto de conselheiro e diretor do IAC (Instituto de Arte Contemporânea).

"Foi um homem que sempre soube surpreender a todos que o cercavam", lembra a irmã, Sonia Ungar. "Nunca um comportamento esperado, uma reação tradicional."

Há quatro anos, ele decidiu vender a fábrica. Aproveitou o tempo para estudar outros temas que sempre despertaram seu interesse.

"Mesmo doente, ele ia à USP assistir a aulas do curso de relações internacionais como aluno ouvinte", conta Luciana. "Era uma pessoa cheia de vida, capaz de fazer 20 coisas ao mesmo tempo."

Morreu na sexta (30). Deixa a esposa e uma filha, Lara. "Se eu tivesse que definir meu pai em uma palavra, seria intenso'", diz Lara.

"Falava das coisas de maneira tão apaixonada que fazia a gente se apaixonar junto", afirma.

O velório será realizado às 9h deste domingo (1) no cemitério judaico do Butantã. O enterro ocorrerá às 12h no mesmo local.


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