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Professores municipais encerram greve após 42 dias em São Paulo

Docentes aceitaram proposta da prefeitura de incorporar bônus ao salário até fim de 2016

Reposição de aulas pode ocorrer nas férias, aos sábados e até avançar em 2015, diz secretário da Educação

DE SÃO PAULO

Após 42 dias, os professores e funcionários de escolas municipais da cidade de São Paulo encerraram a greve nesta terça (3). Eles aceitaram a proposta da prefeitura de incorporar o bônus de 15,38% aos salários, de maneira parcelada, até o fim de 2016.

O abono começa a ser incorporado em maio de 2015 (5,54%). Depois, em maio de 2016 (3,74%) e em novembro do mesmo ano (5,39%). Com isso, diz a gestão Fernando Haddad (PT), o piso passará de R$ 2.600 para R$ 3.000.

A prefeitura já havia dado reajuste de 13,43% a todos os docentes neste ano.

Segundo o secretário de Educação, Cesar Callegari, a reposição de aulas pode ocorrer na época de férias, aos sábados ou avançar em 2015, se necessário. As faltas da greve que já foram descontadas serão estornadas, disse ele.

Em frente à Câmara, onde a proposta da prefeitura foi votada, o clima foi de comoção quando se decidiu pelo fim da greve. Ali se reuniram mil pessoas, segundo a PM. Professores se abraçaram e choraram. Muitos tiravam "selfies".

Alguns levavam cartazes com paródias do prefeito Fernando Haddad (PT). Em uma delas, ele estava caracterizado como o personagem de Angelina Jolie no filme "Malévola", com a frase: "Maledicente: sucesso nas bilheterias e fracasso na educação".

"Foi o momento certo de encerrar a greve, porque o movimento já estava começando a enfraquecer", disse Fábio Pereira, 25, professor de inglês.

Segundo balanço da Secretaria de Educação, na segunda-feira (2), as escolas paradas totalmente eram apenas 12 (menos de 1% das 1.500 unidades). O sindicato contesta. Diz que a greve atingia cerca de 40% das unidades, embora admitindo que algumas pararam só parcialmente.

Para a professora de educação física Silvia Romero, 34, o fim da paralisação não foi satisfatório. "Muitas das propostas não ficaram definidas, foram deixadas para serem discutidas depois. Depois quando? Acho que a gente devia ter continuado a greve."

Os professores também cobravam melhores condições de trabalho e o fim do sistema que obriga o preenchimento eletrônico de dados de desempenho dos alunos.

A secretaria se comprometeu a aperfeiçoar o dispositivo.

NEGOCIAÇÃO

O presidente do Sinpeem (sindicato dos docentes municipais), Cláudio Fonseca, disse que a prefeitura teve de se "dobrar à insatisfação da categoria e assumir problemas existentes na rede".

"O governo fez tudo para que não acontecesse essa greve, tomou várias atitudes para que ela fosse encerrada", afirmou o secretário Callegari.


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