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A favor da lei

'Criança precisa de muita conversa', afirma educador

JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

Para o educador Ruy Cezar do Espírito Santo, da Faap e da PUC-SP, a criança deve ser educada não com castigo físico, mas com muita conversa.

Doutor em educação pela Unicamp, ele é favorável à Lei da Palmada, aprovada anteontem (4/6) no Senado, e acredita que ela poderá obrigar os pais a reverem seus conceitos sobre o que é educar.

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Folha - Em momento nenhum a palmada serve?
Ruy Cezar do Espírito Santo - Existe uma interpretação equivocada dos pais sobre o comportamento das crianças, que é separar o bem e o mal. Mas isso não existe. Ou a pessoa sabe o que está sendo feito ou ela é ignorante.
A criança, muitas vezes, não sabe o que está fazendo de errado. Como não perdoá-la por isso?
Criança precisa ser educada não com pancada, para que ela ache que fez tudo errado. É preciso muita conversa, troca de ideias. É necessário tirar de dentro dela a razão de uma ação equivocada.

Não há limites para a conversa?
Os pais precisam ouvir seus filhos. Deixá-los pôr para fora tudo aquilo que estão sentindo, estão vivendo e estão se incomodando. A palmada nunca resolve, em nenhum grau.

Mas a paciência se esgota...
Sabendo o que é educar, não existe nenhum grau máximo para o diálogo e nenhuma violência é considerada tolerável.
Tenho dito a diretores de escola para chamarem os pais para mostrar a eles como uma ação de violência pode prejudicar o futuro do filho e para discutir com eles o que é educação.
A postura dos pais deve ser sempre a de conversar.


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