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José Eduardo Trindade (1933-2014)

Fez do papel de parede seu grande negócio

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Papel de parede era um assunto que vira e mexe estava nas conversas de José Eduardo Trindade. A abordagem ia desde tentar convencer taxistas a venderem o produto até presentear amigos ou conhecidos com alguns rolos.

O paulista, porém, não era apenas um fã de paredes decoradas. Aqueles metros quadrados de papel representavam todo o seu esforço para alcançar uma vida melhor.

De família humilde do interior de São Paulo, chegou à capital paulista com dez anos. Foi engraxate, office boy e empregado de outras indústrias antes de abrir seu próprio negócio: na década de 1960, criou a Bobinex, voltada exclusivamente para a produção de papel de parede.

Quando a empresa começou a se firmar no mercado, uma enchente destruiu todo o maquinário. José não desistiu da empreitada. Passou por mais um ou outro grande percalço, mas conseguiu manter as portas abertas até hoje.

Mesmo com o negócio já sob o comando dos descendentes, nunca deixou de visitar a fábrica, mesmo que por duas ou três horas diárias.

Se não estava no trabalho, sua principal preocupação era a família. Gostava também de acompanhar os jogos do São Paulo, seu time do coração --apesar de ter jogado profissionalmente pelo Palmeiras na juventude.

Tinha muita fé e via como um aprendizado as adversidade que enfrentava.

Vítima de câncer de fígado, morreu na segunda-feira (2), aos 80. Deixa a viúva, Neiva, com quem era casado havia 54 anos, os filhos, André e Fabio, e os netos, Rafael, Guilherme, Pedro.


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