Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Homem é baleado em briga na Vila Madalena

Segurança foi atingido no braço em meio a desentendimento entre taxista e rapaz na rua Fidalga com a rua Aspicuelta

Boletim de ocorrência afirma que atirador deu dois disparos e fugiu; houve corre-corre em botecos próximos

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

Uma briga na noite de domingo (8) terminou com um homem baleado no braço em uma das esquinas mais movimentadas da Vila Madalena, bairro na zona oeste de São Paulo famoso por seus bares.

O caso aconteceu por volta das 19h20. Segurança do bar Samba, o homem baleado, de 26 anos, foi socorrido pela Polícia Militar até o Hospital das Clínicas. Ele não corre risco de morrer.

Assustados, clientes dos bares na esquina das ruas Aspicuelta e Fidalga que estavam sentados em mesas nas calçadas começaram um corre-corre ao ouvirem os tiros.

Mesas e cadeiras foram derrubadas e houve quem se deitasse no chão, segundo funcionários dos bares. A área é muito frequentada por turistas, inclusive os que vieram para a abertura da Copa.

A briga começou, segundo o registro da polícia, quando um taxista, de 39 anos, entrou em seu carro e ouviu alguém chutar a porta do veículo.

O taxista perguntou o que havia acontecido, e um rapaz desconhecido lhe disse que a porta o tinha acertado. Começou ali um bate-boca, conforme a versão do motorista.

O rapaz foi embora, mas voltou para trocar socos com o taxista. Um amigo do rapaz conseguiu apaziguar a briga.

Momentos depois, o jovem voltou, de acordo com o registro, e, dessa vez, encontrou o taxista conversando com uma funcionária do bar Samba, que fica a alguns metros da esquina.

A confusão recomeçou. Os amigos dela, que também trabalham no bar, intervieram.

'POLÍCIA PARA A POLÍCIA'

Acuado, o rapaz desconhecido sacou uma arma e atirou duas vezes, "possivelmente para o chão", segundo o boletim de ocorrência. Um dos tiros teria ricocheteado e acertado o braço do segurança.

No hospital, o funcionário do bar afirmou à polícia que o homem que deu os tiros havia se identificado como policial. Ainda segundo o boletim, quando alguém, no meio da confusão, pediu que se chamasse a polícia, o autor dos disparos disse: "Chamar a polícia para a polícia?'"

O caso está em investigação no 14º DP (Pinheiros). Ainda não há pistas do homem que fez os disparos.

Investigadores vão ouvir o taxista nesta terça-feira (10). Também vão tentar encontrar câmeras de comércios próximos para ajudar na identificação do desconhecido.

O taxista pediu à Folha para ter seu nome preservado, pois teme ser perseguido. Ele disse apenas que o autor dos tiros parecia estar bêbado.

A reportagem não conseguiu contato com o segurança atingido no braço.

No Carnaval, a mesma esquina foi palco de um atropelamento que atingiu sete pessoas e quase acabou com o motorista linchado --o que a polícia evitou, não sem antes ele apanhar da multidão, que cercou e destruiu seu carro.

"Esta esquina é como curva de rio. Tudo o que acontece na vila o pessoal vem resolver aqui", disse um garçom.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página