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Insatisfeitos, vereadores atrasam votação de Plano Diretor de Haddad

Câmara frustra intenção de base do prefeito de votar projeto antes do começo da Copa

Há grupos insatisfeitos com área para moradia popular; alguns se queixam até de falta de ingressos para Mundial

DE SÃO PAULO

A intenção da base do prefeito Fernando Haddad (PT) de aprovar a proposta do Plano Diretor antes do começo da Copa do Mundo acabou frustrada pelo Legislativo.

Descontentes com a inclusão de mais espaço para moradia popular e com a ameaça a bairros residenciais, vereadores adiaram a discussão do tema marcada para esta terça (10) e não devem mais votar nada nesta semana.

Alguns parlamentares manifestaram insatisfação até mesmo com a falta de ingressos para a abertura da Copa dados pela prefeitura para integrantes da Casa --aumentando a resistência a Haddad.

O Plano Diretor define diretrizes urbanísticas --por exemplo, incentiva a ocupação perto de estações de metrô-- e é um dos principais projetos de interesse do petista.

Já foi aprovado neste ano em primeira votação, mas depende de um segundo aval da Câmara para viabilizar propostas de Haddad, como o Arco do Futuro --pacote de medidas urbanísticas para desenvolver regiões periféricas.

Um dos principais motivos de resistência de vereadores se deve à intenção da base de Haddad de transformar em habitação popular uma área de Itaquera (zona leste) pedida pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Conhecida como Copa do Povo e invadida pelo grupo, ela fica a 3 km do Itaquerão e foi motivo de reivindicação em protestos. O nível de influência dos sem-teto chega a incomodar até petistas.

Os vereadores se reuniram nesta terça (10) com o prefeito para tratar do assunto.

"Existe divergência em votar a Copa do Povo dentro do Plano Diretor, aliás, [é] um dos problemas graves", disse o presidente da Casa, vereador José Américo (PT).

O vereador Andrea Matarazzo diz que o PSDB quer que o assunto do terreno seja votado separadamente.

Outro terreno ocupado pelo MTST, o Nova Palestina, na zona sul, também causa divergência. O Partido Verde quer que maior parte do terreno vire um parque.

Alguns vereadores tentam incluir no Plano a previsão de um aeroporto em Parelheiros. Outros cobram garantias de que áreas residenciais não terão suas características alteradas pelo estímulo a prédios.

A nova meta é tentar votar o plano na próxima semana.


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