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Tateshi Maeda (1920-2014)

O determinado e peregrino japonês Alfredo

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

"Pior coisa na vida é não ter objetivo, não saber o que fazer. Viver por viver é vegetal."

Foi com esse pensamento em mente que Tateshi Maeda enfrentou as várias mudanças que, literalmente, marcaram sua vida. Não era de se acomodar; estava sempre em busca de algo melhor.

Com apenas nove anos, ao lado da família, trocou o Japão pelo interior de São Paulo, como milhares de compatriotas. Mas não quis saber de trabalhar em fazendas. Anos depois, em busca de estudo, chegou à capital paulista.

Sua peregrinação não parou por aí. Voltou para o interior do Estado, onde aprendeu a profissão de dentista e conheceu sua mulher, Antonieta. Juntos, percorreram mais cidades de São Paulo, além do Paraná e do Rio de Janeiro, onde se formou na faculdade de odontologia.

Determinado que era, quebrou tradições e enfrentou a família para ficar com a brasileira. Seu pai não admitia o casamento com um "gaijin" --não japonês-- e quase deserdou Tateshi. Por muitos anos, ficaram sem se falar.

Por outro lado, era muito querido pelos parentes de Antonieta, que o chamavam de Alfredo, nome que adotou.

Contava com riqueza de detalhes histórias de sua vida --às vezes, recordava até os diálogos. Da viagem para o Brasil, ficou na lembrança as serpentinas jogadas para o céu durante a partida do navio.

Morreu na sexta (6), aos 93, de causas naturais. Viúvo desde 2002, teve quatro filhos, cinco netos e um bisneto.

Haverá uma missa do sétimo dia no sábado (14), às 15h, na igreja Nossa Senhora Mãe do Salvador (Cruz Torta), na zona oeste de São Paulo.


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