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Empresas do porto pedem ajuda à polícia

Grupos que atuam em Santos já tiveram duas reuniões com o secretário de Segurança neste ano para relatar ameaças

Polícia diz investigar crime de sindicalistas, mas que ainda não surgiram indícios de ligação com facções

DE BRASÍLIA

Empresários que operam no porto de Santos afirmam que, desde o início deste ano, tiveram ao menos duas reuniões com o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, para relatar as ameaças e para pedir providências.

A Secretaria da Segurança do governo Geraldo Alckmin (PSDB) informou que a polícia investiga desde o ano passado sindicalistas ligados a caminhoneiros por crime contra a liberdade do trabalho.

Segundo a pasta, há dois inquéritos, mas, até agora, ainda "não surgiram indícios de ligações entre sindicalistas e facções do crime organizado".

A investigação do Ministério Público afirma que o grupo acusado "invoca o apoio" da facção criminosa conhecida como PCC para "ameaçar as vítimas, invadindo cooperativas e associações de caminhoneiros, exigindo que tais entidades cessem suas atividades para que o Sindcon possa manipular as empresas".

O mesmo relato foi feito por empresas e trabalhadores do porto ouvidos pela Folha.

A ação do Sindcon é focada no transporte de contêineres entre os diferentes terminais do porto de Santos. Esse transporte é realizado por caminhoneiros autônomos, os chamados "vazieiros".

A atividade é livre e muitas empresas têm frota própria para fazê-lo. Mas, desde o início desta década, o grupo ligado ao ex-vereador do Guarujá José Nilton de Oliveira, o Doidão, vem tentando garantir para si uma maior participação, com preços acima dos que os autônomos recebiam, segundo empresários e o Ministério Público.

De acordo com empresários, a prática de bloqueios se espalhou e outro sindicato, Sindicam (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens), também passou a fechar terminais portuários para pressionar por preços maiores e garantia de carga.

BLOQUEIOS

No ano passado, terminais das empresas Libra e Santos Brasil foram fechados. Caminhoneiros que tentaram atravessar o bloqueio foram agredidos. Neste mês, caminhoneiros voltaram a fazer bloqueios, desta vez no terminal da Embraport.

A diretoria do Sindicam informou que não tem relações com o Sindcon, ligado a Doidão, e que faz um trabalho de mediação entre autônomos e empresários, negando também qualquer relação com grupos criminosos.


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