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'Só penso em ficar boa', afirma acrobata

Brasileira que se acidentou em circo nos Estados Unidos com 7 colegas diz que recuperação tem sido dolorosa

Vítimas contrataram advogados para fazer investigação paralela para saber o que causou queda durante exibição

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Na primeira entrevista desde o acidente em um circo americano, há mais de um mês, quatro das oito acrobatas que caíram de uma altura de mais de 7 m anunciaram nesta terça (17) ter contratado advogados para fazer uma investigação paralela.

Entre elas estava a brasileira Dayana Florentino, 24, que, emocionada e numa cadeira de rodas, disse que a recuperação tem sido dolorosa. Ela teve a coluna fraturada e passou por duas cirurgias.

"A última coisa que estou pensando agora é voltar. Estou pensando é na minha recuperação, em ficar boa", afirmou, num hospital de Boston, onde faz fisioterapia.

As oito acrobatas --três brasileiras-- participavam de do espetáculo "Legends", do Ringling Bros and Barnum & Bailey Circus. Ficavam suspensas pelos cabelos, num tipo de "candelabro humano", quando a armação despencou.

O acidente ocorreu quando o circo --um dos maiores dos EUA-- estava em Providence, Estado de Rhode Island.

Uma investigação preliminar de autoridades locais identificou que um gancho se rompeu. Outra apuração agora tenta determinar a causa, que poderia ser o desgaste do metal ou sua má instalação.

Uma firma de advogados de Chicago representará sete acrobatas --a oitava contratou outra-- numa apuração própria, para determinar quem responderá pelos danos.

Segundo o advogado Michael Krzak, as jovens querem chegar à "causa principal". "Elas querem se certificar de que isso não ocorra em nenhum outro ato circense."

A búlgara Viktoriya Medeiros, 34, que, com o brasileiro Andrey Medeiros, desenvolveu a atração, afirmou que ela e as colegas tentam se adaptar à situação. "Estamos tentando aceitar que nunca mais seremos as mesmas", disse, numa cadeira de rodas.

Segundo o circo, Medeiros era o responsável por toda a segurança da performance.

Outra vítima, Julissa Segrera, se emocionou ao falar de seu futuro. "Meu sonho era ser uma estrela. Agora o meu sonho é levantar e andar."

Além de Dayana, as brasileiras Stefany Neves, 19, e Widny Neves, 25, também se acidentaram. Stefany teve o fígado perfurado por uma costela e passou por cirurgias no pé e no fêmur. Widny foi a que teve menos ferimentos graves e saiu primeiro do hospital.

As jovens não quiseram detalhar a extensão de suas lesões, por conta de um possível processo judicial, mas os advogados afirmaram que, juntas, elas passaram por mais de 24 cirurgias.


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