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Para construtoras, posição de sem-teto 'só pode ser política'

Sindicato diz que sugestões do setor imobiliário ao Plano Diretor foram 'públicas e transparentes'

Estimativas oficiais indicam que existe um deficit de até 400 mil moradias populares na cidade de São Paulo

DE SÃO PAULO

O setor imobiliário reagiu ao protesto dos sem-teto dizendo não haver lógica no posicionamento do movimento --que nesta quarta-feira (18) cercou a sede do Secovi (sindicato das construtoras), na zona sul de São Paulo.

"Quem pode acelerar ou atrasar a aprovação do Plano Diretor são apenas os próprios vereadores", disse à Folha Cláudio Bernardes, presidente da entidade. "O setor não tem nada a ver com essa tramitação", afirmou.

O posicionamento apresentado pelos movimentos por moradia, na avaliação dele, "só pode ser político".

O dirigente do sindicato da habitação rechaça as críticas dos líderes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que questionam a influência do setor na Câmara e afirmam que as construtoras só fazem especulação imobiliária na cidade.

"Todas as nossas sugestões ao Plano Diretor foram públicas e transparentes. Nós procuramos ajudar a cidade, em 68 anos de história, a produzir habitações para toda a população. Inclusive as moradias de interesse social."

PRESSÃO POPULAR

Um dos desafios do Plano Diretor apresentado pela gestão Fernando Haddad (PT) ao Legislativo é reduzir a pressão social por moradias populares na capital.

Estimativas oficiais indicam que existe um deficit de até 400 mil unidades em São Paulo. Por isso, o atual texto aumentou em 23% o números de áreas reservadas para a moradia social.

O grande embate entre o poder público e o setor imobiliário, nos últimos anos, tem sido encontrar uma forma economicamente viável para que habitações populares possam ser feitas.

O Plano Diretor prevê uma grande quantidade de moradias desse tipo na área central da cidade, onde o valor do terreno é alto.

Um dos instrumentos previstos para viabilizar as zonas sociais é a chamada cota de solidariedade.

Por meio dela, os grandes empreendedores poderão doar áreas para moradia social em troca de benefícios.

O Plano Diretor foi aprovado em primeira votação pelos vereadores no final de abril. Agora, precisa passar pelo segundo aval da Câmara antes de ir para a sanção de Haddad.


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